terça-feira, 1 de setembro de 2020

Santa Beatriz da Silva


Santa Beatriz da Silva foi a fundadora da Ordem da Imaculada Conceição. Uma Ordem de clausura feminina, ligada à Igreja Católica. Inicialmente, essa Ordem seguia a Regra de São Bento, depois a Regra de Santa Clara de Assis até a aprovação de uma Regra própria, que aconteceu em 1511.
Beatriz nasceu em 1426, na vila de Campo Maior, em Portugal, e, quando jovem, serviu de dama de companhia da sua prima Isabel, futura rainha de Portugal. Com o tempo, já morando no palácio, Beatriz passou a chamar mais atenção do que Isabel, por ser mais bonita e mais gentil. Isabel, tomada por inveja, a trancou num baú para que morresse por falta de ar. Passados três dias, o pai de Isabel, notando o sumiço da sobrinha, questionou a filha. Esta, resolveu abrir o baú na certeza de encontrar Beatriz morta. Mas, o que encontrou, foi uma Beatriz com perfeita saúde pois havia pedido ajuda à Virgem Maria. Segundo Beatriz, Maria teria lhe feito um pedido: fundar uma ordem religiosa para celebrar a virgem imaculada que concebeu Jesus, dando o nome de Ordem da Imaculada Conceição.
Santa Beatriz, depois desse episódio, perdoou a prima Isabel e decidiu viver no mosteiro de Santo Domingo de Silos, em Toledo, na Espanha, para se preparar na missão de criar uma Ordem religiosa. A Ordem da Imaculada Conceição foi fundada em 1489. Mas, três anos mais tarde, em 1492, Beatriz adoeceu.
No seu leito de morte, quando o padre levantou o véu do seu rosto para lhe dar a Extrema Unção, todos os presentes viram com assombro raios de luz emanando de Beatriz. Os raios saíam de um estrela que se fixara na testa da enferma e que ali ficou até seu último suspiro de vida.

Foi beatificada pelo Papa Pio XI, em 1926, e canonizada cinquenta anos depois, em 1976, pelo Papa Paulo VI. Sua festa litúrgica acontece dia 17 de julho em Portugal e na Espanha e no dia 1o. de setembro, no Brasil. 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020


Santo Edano foi um bispo e monge irlandês que restaurou o cristianismo em Nortúmbria, na região norte da Inglaterra, no século VII.  
O rei Oswaldo, da Nortúmbria, queria difundir o cristianismo em suas terras e conter a expansão pagã. Para isso, pediu ao mosteiro da ilha de Iona, na Escócia, que lhe enviasse um monge com a missão de converter novos cristãos. Edano foi convocado para a tarefa e escolheu, para ser a sede de sua diocese, a ilha de Lindisfarne, que ficava próxima à fortaleza real de Bamburgo.
Edano chegou à Nortúmbria por volta do ano 635 e aos poucos, as comunidades foram se convertendo ao cristianismo. Mas em 651, um exército pagão atacou Bamburgo tentando incendiar as suas muralhas. Edano teria rezado pedindo a proteção divina para afastar os invasores. De repente, a direção do vento mudou fazendo com que a fumaça e o fogo fossem na direção do inimigo. Isso os fez recuar e abandonar o ataque. Por esse episódio, Santo Edano se tornou padroeiro dos bombeiros.
Faleceu no dia 31 de agosto, em 651. É venerado também como padroeiro de Nortúmbria.


domingo, 30 de agosto de 2020

Santa Narcisa de Jesus


Santa Narcisa de Jesus mostra um caminho de perfeição cristã e oferece um exemplo de uma vida dedicada a Deus e aos irmãos, nas palavras do Papa Bento XVI, quando a canonizou em 12 outubro de 2008.
Narcisa nasceu em 1832 numa família católica e abastada financeiramente. Moravam numa fazenda no povoado de Nobol, província de Guaias, no Equador. Sua mãe faleceu quando Narcisa tinha 4 anos de idade. Com a ajuda de uma professora particular e de sua irmã mais velha, aprendeu a ler, escrever, tocar violão e até a cozinhar. E mesmo sendo pequena, era a sexta de nove irmãos, ajudou a cuidar dos irmãos mais novos e mais tarde a educa-los.
Quando fez sete anos, foi crismada e passou a dedicar longas horas do seu dia à oração. Havia uma goiabeira perto da fazenda onde costumava passar horas sob a sua sombra rezando. Seu pai vendo a dedicação com que Narcisa se debruçava a oração, reservou um dos aposentos da casa para que servisse de “capela”. Narcisa colocou ali uma imagem esculpida em madeira, do menino Jesus.
Aos 15 anos de idade, aprendeu a costurar, arte pela qual desenvolveu o domínio de tecer e bordar. Costurava para sua família e também na casa dos vizinhos. Mais tarde, todo o dinheiro que ganharia com as costuras e os bordados, seria doado para os pobres e desafortunados.
Três anos depois, seu pai faleceu e Narcisa se mudou para Guayaquil onde viviam alguns parentes. A casa onde foi morar ficava ao lado da catedral e foi onde passou a trabalhar dando aulas de catecismo para crianças e jovens. Se desfez de seus bens materiais herdados da família para ajudar os necessitados.
     Também foi nessa cidade que Narcisa encontrou uma amiga de infância, Mercedes Molina, e passou a ajudá-la na tarefa de cuidar de um orfanato. Narcisa além de participar na formação das crianças, também confeccionou as indumentárias delas.
Durante toda a sua vida, a dedicação que tinha à oração, penitência e caridade, a fez ser convidada, em 1868, a morar num convento dominicano em Patrocínio, em Lima, no Peru. Foi nesse convento que, tendo intensificado suas orações e penitências, teve uma visão de Jesus lhe mostrando seu coração e dizendo: Jamais concedi igual graça a uma alma.
No ano seguinte, Narcisa novamente vislumbrou não só Jesus, mas também Nossa Senhora. Eles lhe pediram que manifestasse alguma graça que desejasse obter. Narcisa pediu pelos mais necessitados e também rogou que fosse logo para o Céu. E foi após essa revelação, que Narcisa, então com 37 anos de idade, ficou doente e faleceu em poucos mais de dois meses.
Após a sua morte, ficaram conhecendo a verdadeira vida que Narcisa levava na reserva de sua cela, como eram chamados os quartos dos religiosos. Ela tinha feito voto privado de castidade perpétua, pobreza, obediência, clausura, jejum de pão e água, comunhão diária, confissão, mortificação e oração. Os médicos que a assistiram nos seus últimos dias, ficaram surpreendidos de que tivesse vivido com tão pouco alimento por tanto tempo.
Narcisa foi beatificada em 25 de outubro de 1992 pelo Papa João Paulo II e canonizada em 12 de outubro de 2008 pelo Papa Bento XVI. É a terceira santa equatoriana. O dia da sua festa litúrgica é 30 de agosto.


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Santa Sabina de Roma


Sabina de Roma viveu numa época em que os cristãos só eram martirizados se fossem denunciados. Filha de Herodes Metalário e viúva do senador Valenciano, Sabina se converteu ao cristianismo ouvindo as histórias que sua escrava, Seráfia, lhe contava. As duas também saíam à noite para ir às catacumbas, como chamavam os cemitérios daquela época, para estar com os cristãos que se reuniam clandestinamente para não serem vistos.
De acordo com a história, Seráfia acabou sendo denunciada e presa para ir a julgamento. Ela deveria fazer uma homenagem aos deuses romanos para que a denúncia contra ela fosse anulada e ela ficasse livre. Mas a serva se recusou. Foi, então, entregue a dois algozes para que abusassem dela. Mas sem que eles esperassem, foram acometidos por uma dor terrível que os fez cair doentes. Seráfia foi chamada de bruxa e por isso, apedrejada até a morte. Sabina conseguiu levar o corpo de sua serva para ser enterrado no mausoléu de sua família. O prefeito Elpídio descobriu o que Sabina fez e a acusou de ser cristã. Sabina foi presa e interrogada. Ela também rejeitou os deuses romanos e exaltou a sua fé no cristianismo.
Foi então morta no dia 29 de agosto, do ano 125, e canonizada mais tarde. Ela é representada com um livro e uma folha de palma nas mãos e uma coroa na cabeça.

São Moisés, o Negro


São Moisés, o Negro, foi um hieromonge que viveu no Egito, no século IV. Nasceu em 330, em Axum, no Egito.
Ele era um servo que foi acusado pelo seu patrão de ter cometido um assassinato na propriedade em que trabalhava. Para não ser preso, fugiu e passou a viver na marginalidade. Como seu porte favorecia, era alto e forte, passou a cometer pequenos roubos para poder se alimentar e sobreviver.
Conta a história que em um desses roubos, um cachorro o viu e começou a latir chamando a atenção do seu dono. Para não ser pego, saiu correndo enquanto era perseguido. Correu tanto que quando se deu conta, havia entrado no deserto. Durante sua fuga, se deparou com alguns monges do Mosteiro Paromeu. Foi convidado a ficar com eles e conhecendo de perto a vida monástica de dedicação e paz, se tornou cristão. Abandonou a antiga vida na marginalidade. Foi batizado e se uniu à comunidade.
Em uma ocasião, já como monge, Moisés provou que fizera a escolha certa. Ele  foi atacado por um grupo de ladrões e reagindo contra eles, os prendeu levando-os até os monges para saber o que deveria fazer nesses casos. Agora que era um cristão, sabia que não podia ferir o próximo e contou a sua história de que antes de se tornar um monge, foi um líder de uma gangue de marginais assim como eles. Os ladrões, vendo como Moisés havia se transformado em outro homem, se inspiraram nele e também se converteram passando a viver no mesmo mosteiro.
No ano 405, quando estava com 75 anos de idade, correu a notícia que de o mosteiro seria atacado por bárbaros. Moisés pediu para que os monges fugissem enquanto ele ficaria. Ele disse: quem viveu pela espada deve morrer por ela. Seis monges resolveram ficar com Moisés e infelizmente, todos os que ficaram no mosteiro foram mortos.
É venerado nas igrejas ortodoxa, ortodoxa oriental, católica romana, comunhão anglicana e no luteranismo. Sua festa litúrgica acontece no dia 28 de agosto para as igrejas católicas romanas e as ortodoxas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Santa Monica de Hipona

Santa Monica de Hipona, foi mãe de Santo Agostinho. Ela representa aquela mãe que não desiste de salvar um filho que está na erraticidade.
Segunda a história, Monica era uma mulher muito religiosa e orava para que sua família, marido e três filhos, se convertesse ao cristianismo.
Seu marido era pagão e se comportava de forma rude com ela. Apesar de ter sido muito ultrajada, rezava para vê-lo cristão. E conseguiu. Mas Agostinho, o filho mais velho, vivia uma vida de vícios e de pecados mundanos. Mesmo assim, ela nunca parou de rezar por ele. Até mesmo quando o proibiu de entrar em casa, para ensiná-lo a ter responsabilidades nesse mundo, deixou de pedir a sua conversão.
Após 30 anos rezando sem desanimar, suas preces foram ouvidas pois Agostinho se transformou num santo que influenciou todo o Ocidente cristão. Em uma de suas obras, Santo Agostinho citou sua mãe escrevendo: "ela foi o meu alicerce espiritual, que me conduziu em direção da fé verdadeira. Minha mãe foi a intermediária entre mim e Deus."
Santa Mônica faleceu no ano 387, aos 56 anos. Foi canonizada pelo Papa Alexandre lll, por ter sido a responsável pela conversão de Santo Agostinho, ensinado a fé cristã, a moral e a mansidão. É padroeira das Associações das Mães Cristãs e sua festa litúrgica é comemorada no dia 27 de agosto.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Melquisedeque, Rei da Justiça

Melquisedeque é um personagem bíblico que teria vivido após o Dilúvio e durante a época de Abraão. A Bíblia se refere a ele como um sábio rei de Salém, cidade que mais tarde ficou conhecida como Jerusalém.

Em hebraico, Melquisedeque significa “rei da justiça”. Também foi chamado de rei de paz e “sacerdote do Deus Altíssimo”.
É venerado no judaísmo, na Igreja Católica e Ortodoxa Oriental, na Comunhão Anglicana, mormonismo, luteranismo e islamismo. Seu dia festivo é 26 de agosto.
Veja algumas referências de Melquisedeque na Bíblia:
Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, Gên. 14:18-20
O povo de Melquisedeque viveu em retidão e obteve o céu, TJS, Gên. 14:25-40
Cristo foi um sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, Heb. 5:6.
Ninguém foi maior do que Melquisedeque, Heb. 7:1-3.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

São Genésio de Roma


São Genésio de Roma foi um comediante no século III que se converteu ao cristianismo enquanto parodiava uma cena cristã para o imperador Diocleciano. Genésio era ator profissional, e além de atuar para o imperador , também liderava um grupo de teatro.
De acordo com a história, Genésio ridicularizava a fé cristã quando, no momento em que fazia o sacramento do batismo, foi tocado por Cristo e se converteu. Diocleciano achou a encenação realista demais e questionou o ator, que imediatamente se proclamou cristão.
O imperador não aceitou e ordenou que voltasse a cultuar os deuses pagãos. Genésio não aceitou e foi torturado defendendo o cristianismo. Morreu enquanto clamava “Não há outro rei senão Cristo”.
É padroeiro dos atores, músicos, humoristas e advogados. E invocado também contra a epilepsia. Sua festa litúrgica acontece no dia 25 de agosto.


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Oxumaré e o Arco-Íris


Oxumaré é uma divindade de origem africana e muito cultuada nas religiões afro-brasileiras. Ele é representado nas figuras de um arco-íris ou de uma serpente. Suas cores são o amarelo e o verde que podem ser inspiradas para uso nas vestimentas ou nos acessórios como colares e pulseiras.
Suas principais características são a mobilidade e a atividade, o que faz com que suas funções sejam dirigir o movimento, as mudanças e as transformações. Ele é a renovação contínua em todos os aspectos e sentidos da vida.
Sua faceta como arco-íris o faz ligar céu e terra, quando há sol e chuva ao mesmo tempo. Ele também representa a riqueza e a fortuna, assim como o pote de ouro no final do arco-íris.
Na Bahia, Oxumaré é sincretizado com São Bartolomeu, cujo dia de festejo é 24 de agosto.
Se você deseja transformações em sua vida ou ganhos inesperados de dinheiro, podendo ser até um novo trabalho, acenda uma vela de sete cores para Oxumaré às segundas-feiras. Faça seu pedido e reze 7 Pais-nossos depois.

domingo, 23 de agosto de 2020

10 Qualidades de Inteligência Espiritual

Dez qualidades de pessoas que possuem Inteligência Espiritual:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2. São conduzidas por valores humanos. São idealistas e creem na vida.
3. Têm capacidade de encarar desafios e utilizar a adversidade a seu favor.
4. São holísticas – têm a visão do todo integrado e a percepção da unidade.
5. Celebram a diversidade como fonte de beleza e aprendizado.
6. Têm independência de pensamento e comportamento.
7. Perguntam sempre “por quê?” e “para que”. São agentes de transformações.
8. Têm capacidade de colocar as coisas e os temas num contexto mais amplo.
9. Têm espontaneidade de gestos e atitudes, e são equilibradas emocionalmente.
10. São sensíveis, fraternas e compassivas.

Lista de Dana Zohar em entrevista à Revista Exame adaptada por Portal Zen Daat

sábado, 22 de agosto de 2020

O Ponto de Deus no Cérebro

Os cientistas descobriram que unir as mãos, olhar para cima ou se ajoelhar, são movimentos que ativam no cérebro áreas importantes para nos conectar com um sentido de espiritualidade dentro de nós. Com o que eles passaram a chamar de “o ponto de Deus em nós”.  

Quando ativadas, essas áreas produzem um turbilhão de hormônios, como gaba e oxitocina. E por meio dessas ligações neurais a pessoa é capaz de desenvolver um sentido de vida, fundamental para a produção de energia motivacional. Essa energia que nos ajuda a lidar com situações de tensão, estresse ou desânimo em nossas vidas. 

O ponto de Deus no cérebro não tem a ver com uma religião específica, mas com a inteligência espiritual. E, segundo os pesquisadores, é algo que todos nós temos. 

É como se Deus estivesse dentro de nós esperando para ser ativado no momento de necessidade espiritual ou busca de equilíbrio emocional.

Ative o ponto de Deus em você. 

Olhe para cima. Levante a cabeça. Una suas mãos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Raziel, o Arcanjo dos Mistérios


Raziel é o arcanjo patrono dos advogados, juízes e legisladores. Também chamado de Anjo dos Mistérios, seria o guardião dos conhecimentos mais antigos do universo. O nome Raziel é de origem hebraica e significa “anjo da guarda”.

Segundo a tradição judaica, Adão ficou doente e Raziel lhe deu um livro que continha todos os tipos de ervas da Terra que poderiam curar a humanidade. Devido a isso, todas as grandes descobertas da medicina foram atribuídas à Raziel. Cogita-se que foi através de sua inspiração que o Dr. Bach conseguiu descobrir as 38 essências florais. Mas o conteúdo desse livro, iria muito além. A Cabala, por exemplo, seria um dos conhecimentos também passados por Raziel. Tal livro, conteria todo o saber do universo, seja no plano sagrado como no profano. Raziel o teria adquirido no tempo em que ficara ao lado do Trono Divino, tendo acesso a tudo o quanto se falava e discutia.

É tido como o Príncipe do conhecimento mais puro. Talvez por isso a sua representação seja por uma luz branca e brilhante.


Fonte Imagem: Blog Mavi'nin


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

São Bernardo de Claraval


São Bernardo de Claraval, foi um religioso de muitas qualidades. Defendeu os
direitos da igreja contra abusos de reis, aconselhou Papas e também reis, inspirou vocações religiosas e fez progredir a ordem na qual escolheu como missão de sua vida.
Nasceu em 1090, na região de Borgonha, França, e desde criança sua sabedoria e inteligência se faziam notar. Era o terceiro dos sete irmãos e o único que queria seguir uma vida religiosa. Com 22 anos ingressou no mosteiro da Ordem de Cister (ordem católica beneditina reformada), recém fundada, que contava apenas com 20 membros.
São Bernardo, apesar de sua profunda modéstia e humildade, convenceu pai, irmãos, primos, tios e amigos para também fazerem parte da Ordem. Ao todo, arregimentou 30 pessoas para seguirem seus passos como cistercienses.
Em 1115, com apenas 25 anos, Bernardo foi enviado para a Abadia de Claraval (vale claro) para ser o seu primeiro abade. Seu dom da oratória e o seu carisma, fez a Abadia ser conhecida em toda a França. E seu mosteiro chegou a ter 700 monges.
Ao longo de sua vida, fundou mais de 70 casas cistercienses na França e em vários países da Europa, participou de vários concílios, exercendo grande influência nos assuntos da Igreja e também foi chamado para pregar a segunda cruzada. Ficou conhecido como Pai dos fiéis, Coluna da Igreja, Apoio da Santa Sé e Anjo Tutela do Povo de Deus.
São Bernardo faleceu no dia 20 de agosto de 1153, aos 63 anos de idade.
Foi canonizado em junho de 1174, pelo Papa Alexandre III, e declarado Doutor da Igreja, por suas pregações e obras escritas, pelo Papa Pio VIII, em 1830.


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

São João Eudes


João Eudes foi um reformador religioso que viveu no século XVII. Além de ter fundado algumas instituições e realizado mais de 100 missões em toda a França, também enfrentou um dos períodos que a peste assolou a Europa.
Nasceu no norte da França em novembro de 1601, na Vila de Ri. Fez os primeiros estudos num colégio jesuíta e aos 22 anos, entrou para a Congregação do Oratório, onde foi ordenado padre dois anos mais tarde.
Quando houve a epidemia da peste em 1627, cuidou dos enfermos e de suas famílias sem temor de pegar a doença. E para que seus companheiros da congregação não fossem contaminados, dormia num barril do lado de fora de casa.
Sua experiência em ir até onde o povo estava, o levou a repensar a forma como o Clero se relacionava com os cristãos. Na sua concepção, o clero era uma forma da misericórdia divina se expressar para atender os mais necessitados.
Em 1643, fundou a Congregação de Jesus e Maria e também uma ordem feminina, Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, que tinha por missão atender às mulheres e crianças abandonadas.
São João Eudes faleceu em Caen, norte da França, em 1680, no dia 19 de agosto, aos 78 anos de idade. Foi beatificado em abril de 1909, pelo Papa Pio X, e canonizado em maio de 1925,  pelo Papa Pio XII.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Santa Helena de Constantinopla


Santa Helena de Constantinopla, foi uma mulher que viveu entre os séculos III e IV de nossa Era e que teve um papel muito importante no desenvolvimento do cristianismo. É chamada também de Helena Augusta, Helena da Paz ou Helena de Constantinopla.
Helena nasceu no ano 250, em Drepanon, cidade na província de Bitínia, na Ásia Menor, atual Turquia, e foi batizada como Flávia Júlia Helena. Segundo a história, a sua beleza chamava a atenção e foi ela que atraiu o general romano Constâncio Cloro. Ele passava pela região quando viu Helena e se apaixonou. Se casaram e tiveram um filho, Constantino. Viveram juntos por muitos anos, até que o imperador Maximiliano ofereceu colocá-lo como seu sucessor se ele se casasse com sua filha, Flávia Maximiliana Teodora. Constâncio se separou de Helena e se casou com Flávia.
Durante 14 anos, Helena sofreu com a separação. Também foi nesse período que ela se converteu ao cristianismo e passou a se dedicar à sua fé.  Quando seu ex-marido morreu, Constantino se tornou imperador e apesar de ter sido criado pelo pai como pagão, tinha sido instruído por sua mãe no cristianismo. Um dia antes da batalha que iria travar entre Saxa Rubra e Ponte Milvio, o imperador sonhou que pegava uma cruz no caminho e que a mesma continha uma legenda que dizia: “Com este sinal vencerás”.
No dia da batalha, Constantino levou uma cruz consigo e exclamou: “Confio no Cristo em que minha mãe Helena crê”. O imperador, recém convertido, foi vitorioso e a partir desse episódio libertou a religião católica da perseguição romana, que já durava 3 séculos.
Constantino deu a sua mãe o título de Augusta e mandou cunhar moedas com a sua imagem, lhe dando também plenos poderes para utilizar o dinheiro do governo na causa dos cristãos.
Helena reformou Constantinopla, que se tornou a nova capital do império, e também viajou à Terra Santa em busca de relíquias cristãs, construiu templos como Natividade, em Belém, e o Santo Sepulcro, em Jerusalém. Mas pouco depois de retornar à Constantinopla, em 330, Helena faleceu. Já contava com 80 anos de idade.
É venerada nas igrejas Católica, Ortodoxa, Anglicana e Luterana. Sua festa litúrgica acontece no dia 18 de agosto. É padroeira dos arqueólogos, dos convertidos e dos casamentos em crise.

Fontes: Wikipedia e Acidigital

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Santa Clara de Montefalco

 

Clara nasceu em Montefalco, na Itália, em 1268. Com apenas 6 anos de idade, seguiu os passos de sua irmã mais velha, Joana, e foi ter uma vida de oração e penitência numa clausura construída por seu pai, na propriedade da família.

Clara era uma criança cheia de vida mas comprometida com a sua fé. Uma vez quebrou a regra do silêncio dada pela irmã e como penitência, ela mesma se impôs ficar sobre um cubo de gelo, com os braços para cima rezando 100 vezes o Pai Nosso. A pequena Clara também teve que lutar contra seus desejos alimentares pois tinha que jejuar constantemente.

A entrada de Clara para o claustro, aumentou o número de postulantes a viver da mesma forma. Em 1978, se mudaram para uma ermida maior, mas esta só tinha metade do teto. Passaram muito frio e também fome pois se alimentavam de ervas colhidas da natureza.

Alguns anos mais tarde, foram autorizadas a pedir esmola para manter a vida de oração e penitência. Clara, que já contava com 15 anos de idade, se ofereceu para fazê-lo. Saiu e só voltou 40 dias depois. Não queria retornar sem completar seu objetivo. Sua irmã, pensando em protege-la, decidiu que Clara não devesse mais sair do convento.

Clara, além de rezar 10 horas por dia e passar a noite de joelhos, rezando o Pai Nosso, também praticava atos de mortificação. Com 20 anos de idade, começou a ter crises de insegurança, o que aumentou ainda mais seu martírio a ponto de sua irmã ter que impor restrições a ela para que não prejudicasse sua saúde.

Em 1290, o local foi ampliado e transformado em mosteiro passando a se chamar “Mosteiro da Cruz”. No ano seguinte, Joana faleceu e Clara, com então 23 anos, foi a escolhida para sucedê-la. Apesar de Clara aceitar o cargo contra a sua vontade, pois considerava-se indigna, a comunidade religiosa cresceu a partir da sua direção. Ela soube organizar a vida comunitária, propôs trabalho manual para todas as irmãs que o desejassem fazê-lo, e cuidou amorosamente da instrução e necessidade de cada uma.

Conta a história que em 1294, no jardim do mosteiro, Cristo apareceu para Clara como um viajante e lhe deu o cajado pedindo que o plantasse. Ela plantou o cajado e ele se transformou numa árvore viçosa. Chamada de “árvore de Santa Clara”, as sementes dos seus frutos eram utilizadas para fazer rosários com os quais rezava pedindo que os doentes fossem curados.

Em julho de 1308, Clara adoeceu e foi obrigada a ficar de cama. No dia 17 de agosto, pediu para ser levada à igreja que construíra no mosteiro e nela, deu seu último suspiro.

As irmãs resolveram conservar seu corpo, mas para isso tinham que extrair seus órgãos. Para a surpresa de todos, o coração tinha uma mancha com o desenho de um cristo crucificado. Encontraram também outros símbolos de Cristo e no abdômen três pedras de igual tamanho e peso. Foi interpretado como um sinal da Santíssima Trindade incorporado nela. Rapidamente, a fama de santidade de Clara foi se difundindo e milagres acontecendo em seu nome.

Foi beatificada em 1737 pelo Papa Clemente XII e canonizada pelo Papa Leão XII.

domingo, 16 de agosto de 2020

A Imagem de Edessa

 

A Imagem de Edessa é venerada pelas igrejas do Oriente e pelas Igrejas católicas ortodoxas da Grécia, da Rússia, de Israel, do Líbano e do Egito.

É um sudário, tal como o de Turim, transformado em relíquia sagrada. É um tecido cortado em retângulo que possui o rosto de Jesus impresso.

Segundo a lenda, na época de Cristo, o Rei Abgar, de Edessa, estava muito doente e pediu, em carta, que seria levada pelo seu servo, que Jesus viesse em seu auxílio. Quando o servo chegou em Jerusalém, encontrou Jesus lavando o rosto. Após ler a carta, Jesus teria dito que não podia se ausentar pois já era o tempo da Páscoa, mas que um de seus discípulos o visitaria. E após enxugar o rosto com uma toalha, pediu que o servo real a entregasse para Abgar.

Tadeu de Edessa foi o discípulo enviado por Jesus e que milagrosamente, quando chegou no palácio de Abgar, o rei estava curado.

É festejada na Igreja Ortodoxa, no dia 16 de agosto, por ser a data do translado de Edessa, na Turquia, para Constantinopla, atual Istambul.

sábado, 15 de agosto de 2020

A Assunção de Maria

A Assunção de Maria diz respeito à morte física da mãe de Jesus.

Em algumas versões da história, conta-se que São Tomé não estava presente quando Maria morreu e foi sepultada. Quando chegou ao local, abriu o túmulo para vê-la uma última vez. E para a surpresa de todos, ele estava totalmente vazio. 

 No dia primeiro de novembro, de 1950, o Papa Pio XII estabeleceu como dogma essa passagem, do mundo terreno para o mundo celestial: "tendo concluído o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

São Maximiliano Maria Kolbe

São Maximiliano Maria Kolbe foi um padre missionário da igreja católica que morreu como mártir num campo de concentração em 14 de agosto de 1941.

Seu nome de batismo era Raimundo Kolbe. Nasceu em 1894, na Polônia, numa família de operários humildes, mas ricos na fé cristã. Aos 13 anos de idade entrou para o Seminário dos Frades Menores Conventuais Franciscanos, onde se destacou pela sua devoção à Nossa Senhora. Ainda como estudante, fundou um apostolado mariano chamado “Milícia Imaculada”. 

Em 1918, recebeu o sacramento da ordem e adotou o nome religioso de Maximiliano Maria. Quatro anos mais tarde, fundou uma tipografia e mostrou o seu dom de comunicador. Criou e editou uma revista dedicada à Nossa Senhora, um periódico semanal, uma revista para crianças e outra para sacerdotes. Em pouco tempo, as tiragens que eram pequenas, passaram à casa do milhar. Mas não ficou só na escrita, montou uma emissora católica de rádio e tinha como meta estender sua obra para o mundo inteiro. Chegou até o Japão onde foi bem recebido e seguido.

No início da Segunda Guerra Mundial, Maximiliano voltou para a Polônia para formar novos franciscanos. Foi preso em 1939, mas solto logo depois. No entanto, em 1941, foi novamente preso e desta vez, levado para o campo de concentração de Auschwitz. Até que em agosto, um dos prisioneiros conseguiu fugir e como castigo, os nazistas sortearam 10 pessoas para serem mortas. Um dos dez sorteados, Francisco Gajowniczek, começou a chorar e a clamar em voz alta piedade pois tinha esposa e filhos para criar. Maximiliano pediu ao comandante alemão que fosse morto no lugar de Francisco. Seu pedido foi aceito.

Os dez sorteados foram colocados numa sala escura e úmida para morrerem de frio e de fome. Após duas semanas, Maximiliano e mais dois homens de porte físico forte, conseguiram sobreviver. Mas os nazistas aplicaram-lhes uma injeção letal para que se cumprisse a punição impingida a eles.

Foi beatificado em 17 de outubro, de 1971, pelo Papa Paulo VI e canonizado em 10 de outubro, de 1982, pelo Papa João Paulo II. Na cerimônia de canonização, esteve presente Francisco Gajowniczek testemunhando a coragem e o amor daquele que se ofereceu para morrer em seu lugar.

Santo Maximiliano Maria Kolbe é padroeiro dos eletricistas, dos dependentes químicos, das famílias, do rádio amador e dos esperantistas.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Santa Dulce dos Pobres

 

Santa Dulce dos Pobres foi uma religiosa católica brasileira que ficou mundialmente conhecida pelo seu ativismo social .

Batizada como Maria Rita de Souza Brito Lopes Ponte, irmã Dulce nasceu no dia 26 de maio de 1914, em Salvador, Bahia. 

Sua preocupação com os necessitados começou na infância mas foi na adolescência, que mostrou sua verdadeira vocação. Começou a acolher mendigos e doentes na residência da família transformando-a mais tarde num centro de atendimento, que ficou conhecido pelo nome de “A Portaria de São Francisco”. Foi nessa época que a adolescente Maria Rita manifestou o desejo de seguir uma vida religiosa.

Após se formar com professora, em fevereiro de 1933, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade chamada São Cristóvão, em Sergipe. E em agosto do mesmo ano, recebeu o hábito de freira das Irmãs Missionárias adotando o nome de sua mãe, Irmã Dulce.

Sua missão na Congregação era lecionar no colégio da Ordem mas seu pensamento estava sempre no trabalho dedicado aos mais pobres e doentes. Dois anos depois, passou a se dedicar a ajudar comunidades carentes. Fundou hospitais, escolas e outras instituições filantrópicas.

Seus feitos como ativista humanitária, em que se dedicava à caridade e amor ao próximo, ganharam repercussão mundial. Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

Irmã Dulce nunca teve uma saúde boa. Tinha dificuldades respiratórias que foram se agravando ao longo dos anos. Em novembro de 1990, teve que ser internada e de lá, não saiu mais. Quando João Paulo II veio ao Brasil, em 1991, a visitou. Recebeu benção e extrema unção papal.

Morreu de causas naturais no final da tarde do dia 13 de março de 1992, aos 77 anos de idade.

Foi beatificada em 22 de maio, de 2011, por Dom Geraldo Cardeal Majella Agnelo, enviado especial do Papa Bento XVI, e canonizada em 13 de outubro, de 2019, pelo Papa Francisco.

“Há momentos em que nos sentimos abandonados porque nos esquecemos da onipotência de Deus. Ele tudo vê. Então é preciso acreditar e ter a certeza que nada é impossível aos olhos d’Ele.” Irmã Dulce

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Santa Joana Francisca de Chantal

 

Joana Francisca foi uma mulher considerada modelo de perfeição evangélica em todos os estados da vida. O que era evidente desde criança, quando aos 5 anos de idade defendeu a fé cristã de seu pai quando afrontado por calvinistas que queriam denegrir o nome de Jesus. Joana nasceu em Dijon, na França, em 1572, e ficou órfã de mãe nos primeiros anos de vida. Era filha do presidente do parlamento de Borgonha, que por questões políticas de perseguição, passou por humilhação e tempos de pobreza.

Casou com o barão de Chantal e foi morar no Castelo de Bourbily. Todos os dias celebrava uma missa na presença de todos os seus empregados domésticos. Joana também se ocupava em ensinar-lhes o cristianismo. Mas aos 28 anos de idade, e com quatro filhos, ficou viúva. Seu marido fora baleado acidentalmente durante uma atividade de caça.

Joana perdoou o atirador e decidiu que não se casaria de novo pois queria se dedicar somente à caridade. Seu tempo passou a ser dividido entre a educação dos filhos, seu trabalho de caridade e as orações. Ao visitar seu pai, conheceu o bispo de Genebra, São Francisco de Sales, que passou a ser seu mentor espiritual.

Quando seus filhos já estavam educados e crescidos, ingressou na vida monástica. E em 1610, sob a orientação de São Francisco de Sales, fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria, em Annecy. Em 1612, fundou também em Paris um convento da Ordem, onde permaneceu por 7 anos como superiora. Voltou para Annecy porque sofreu perseguição religiosa.

Durante a sua vida passou por diversas perdas de entes queridos. Marido, filhos, mãe, pai, nora, genros e foi exemplo de resignação, fé em Jesus e amor ao próximo.

Morreu em 1641, aos 69 anos, pronunciando o nome de Jesus. À essa época, a Ordem das visitandinas já possuía 87 conventos. Cem anos após a fundação do primeiro, contava com 6.500 religiosos.

É padroeira das pessoas esquecidas, dos problemas familiares, daqueles que sofrem pela perda de parentes, pelos pais que estão separados dos seus filhos e das viúvas. Foi beatificada em 1751 pelo Papa Bento XIV e canonizada no dia 12 de agosto, em 1767, pelo Papa Clemente XIII.

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