domingo, 30 de junho de 2013
Oração de São Marçal de Limoges.
Hoje é dia de São Marçal de Limoges, padroeiro dos bombeiros.
Deixo abaixo uma oração dedicada ao Santo:
"Bendito sejais, Senhor Deus de misericórdia, que no Vosso Filho nos destes um admirável exemplo de caridade e por Ele nos confiastes o mandamento do amor.
Dignai-Vos, abençoar os nossos Bombeiros Voluntários, que se entregam generosamente ao auxilio dos irmãos e fazei que, nas necessidades urgentes, Vos sirvam fielmente na pessoa do próximo, com todo o seu coração e com todas as suas forças e, por intercessão de S. Marçal, sejam protegidos de todos os perigos que a sua entrega acarreta.
Por Nosso Senhor.
Amem!"
A imagem veio daqui.
sábado, 29 de junho de 2013
Oração à São Pedro e São Paulo.
Hoje comemora-se São Pedro e São
Paulo, padroeiros dos Apóstolos, das chaves da casa e da longevidade.
Deixo abaixo uma oração dedicada
à eles:
“Senhor, Deus Todo-Poderoso, pela intercessão dos Apóstolos
São Pedro e São Paulo, eu vos peço que envieis o Espírito Santo para que me
defenda de todos os perigos, me ilumine o entendimento e me leve a conhecer a
verdade de Vossa doutrina. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito
Santo. Amém!”
Fonte: Santo Protetor.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Oração ao Santo Irineu.
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Hoje é dia de Santo Irineu, padroeiro dos que combatem as
heresias. Deixo abaixo uma oração dedicada à ele:
“Ó Deus, pela intercessão de Santo Irineu, renovai em mim a
fé e a caridade, para que possa me dedicar constantemente em alimentar a união
e a concórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho.
Amém.”
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Oração de São Cirilo de Alexandria.
Hoje é dia de São Cirilo de Alexandria, o padroeiro da paz. Defensor de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, é também chamado de Defensor Invencível da Maternidade da Virgem Maria.
Deixo abaixo uma oração dedicada ao Santo:
“Ó Deus, que iluminastes e conduzistes o bispo São Cirilo na
proclamação de Mariaa Mãe de Deus, daí, aos que professam a maternidade divina,
serem salvos pela encarnação do Vosso Filho.
Que convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo.
Amém.”
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Oração de São João e de São Paulo.
“Deus Pai, pela intercessão de São João e de São Paulo, este duplo tesouro que por Vós foi arrebatado aos céus, eu Vos suplico que me fortaleçais com um espírito generoso para que eu seja capaz de Vos entregar todo o meu ser.
Concedei-me, ó Deus o Vosso amor e a Vossa graça.
Amém.”
terça-feira, 25 de junho de 2013
Oração do Sagrado Sangue de Jesus.
"Senhor Jesus, em nome do Teu
precioso Sangue, peço que envie ao meu lar, lugar
de trabalho, a Santíssima Virgem Maria, acompanhada de São Miguel, São Gabriel
e São Rafael e de toda a corte dos Santos Anjos.
Com o poder do Sangue de Jesus, selo minha casa com todos que nela habitam (mencionar o nome das pessoas) e também todas as pessoas que generosamente enviam nosso sustento.
Com o poder do Sangue de Jesus, selo portas, janelas, objetos, paredes,pisos e o ar que respiro, e com fé, coloco um círculo do vosso precioso Sangue em volta de minha família.
Com o poder do Sangue de Jesus, selo todos os lugares onde vou estar hoje, também as pessoas e instituições com as quais vou contactar (mencionar os nomes).
Com o poder do Sangue de Jesus, selo meu trabalho material e espiritual, os negócios de minha família, os veículos, estradas ruas e qualquer meio de transporte que haverei de utilizar.
Com o precioso Sangue de Jesus, selo os atos, as mentes e os corações de todos os habitantes de minha pátria, a fim de que a paz de vosso coração reine sobre eles.
Te agradeço, Senhor, por vosso Sangue e por vossa vida, porque graças a eles, sou salvo e preservado de todo mal.
Amém!"
Com o poder do Sangue de Jesus, selo minha casa com todos que nela habitam (mencionar o nome das pessoas) e também todas as pessoas que generosamente enviam nosso sustento.
Com o poder do Sangue de Jesus, selo portas, janelas, objetos, paredes,pisos e o ar que respiro, e com fé, coloco um círculo do vosso precioso Sangue em volta de minha família.
Com o poder do Sangue de Jesus, selo todos os lugares onde vou estar hoje, também as pessoas e instituições com as quais vou contactar (mencionar os nomes).
Com o poder do Sangue de Jesus, selo meu trabalho material e espiritual, os negócios de minha família, os veículos, estradas ruas e qualquer meio de transporte que haverei de utilizar.
Com o precioso Sangue de Jesus, selo os atos, as mentes e os corações de todos os habitantes de minha pátria, a fim de que a paz de vosso coração reine sobre eles.
Te agradeço, Senhor, por vosso Sangue e por vossa vida, porque graças a eles, sou salvo e preservado de todo mal.
Amém!"
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Oração a São João Batista.
Hoje é dia de São João Batista, santo católico protetor dos injustiçados.
Abaixo segue uma oração em intenção a ele:
“Deus, nosso Pai, celebramos hoje o nascimento de São João Batista. Pela força da vossa Palavra, convertei os nossos corações: “Doce, sonoro, ressoe o canto, minha garganta faça o pregão. Solta-me a língua, lava a culpa, ó São João! Anjo no templo, do céu descendo, teu nascimento ao pai comunica, de tua vida preclara fala, teu nome explica. Súbito mudo teu pai se torna, pois da promessa, incréu, ducida: apenas nasces, renascer fazes a voz perdida. Da mãe no seio, calado ainda, o Rei pressentes num outro vulto. E à mãe revelas o alto mistério de Deus oculto. Louvor ao Pai, ao Filho unigênito, e a vós, Espírito, honra também: dos dois provindes, com eles sois um Deus. Amém.”
Fonte da oração: Santo Protetor.
domingo, 23 de junho de 2013
Oração de São José Cafasso.
Hoje é dia de São José Cafasso,
padroeiro dos que possuem pobreza material e espiritual.
Deixo abaixo uma
oração em intenção ao Santo:
“São José Cafasso que fostes tão generoso para com nosso
amado são João Bosco, assistindo-o em suas necessidades e que como sacerdote
acompanhastes à força a inúmeros condenados à morte, mostrando sempre atenção
aos encarcerados, vós que tínheis o dom do conselho, e morrestes tão santamente
em oração e na paz, pedimos que intercedais junto a Deus para que nos dê o dom do
sábio conselho e nunca deixemos de orar por todos os que estão à beira da
morte, principalmente pelos mais abandonados. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Fonte da oração: Santo Protetor.
sábado, 22 de junho de 2013
Oração de São João Fisher.
Abaixo, deixo uma oração em homenagem a ele:
“São João Fisher, valoroso soldado de Cristo, que repreendíeis as heresias de vossa época e exortáveis aos sacerdotes a cumprir com fidelidade total a todos os deveres de consagrados, vós que preferistes dar vossa vida a aceitar os erros, nós vos louvamos por vossa vida tão santa e atitudes firmes! Pedimo-vos esse mesmo dom de exortar aos que erram , sempre com caridade, para que não venhamos a pecar por negligência diante dos erros alheios. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Fonte da oração: Santo Protetor.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Oração de São Luís Gonzaga.
Hoje é dia de São Luís Gonzaga, padroeiro dos adolescentes e da juventude católica. Deixo abaixo uma oração em intenção ao Santo:
“Deus, nosso Pai, celebramos hoje a memória de São Luís Gonzaga. Ele viveu buscando a vossa face, encontrou-vos servindo aos irmãos necessitados e vítimas da peste. Olhai, Senhor, para cada um de nós, perscrutai os nossos corações e as nossas mentes. Despertai em nosso íntimo o desejo de também vos buscar com sinceridade e abertura de espírito. Em vós reside o sentido de nossa existência, a superação de nós mesmos e a alegria de vos servir. Enchei os nossos corações da vossa alegria, da vossa esperança e da vossa paz. Dai-nos o dom do discernimento, para que, a exemplo de São Luís Gonzaga, possamos colocar em vós toda a nossa confiança.”
Fonte da oração: Santo Protetor.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Cidadão de “Nosso Lar”.
(...) Roguei ao Senhor energias necessárias
para manter a compreensão imprescindível e passei a interpretar os cônjuges
como se fossem meus irmãos.
Reconheci que Zélia e Ernesto se amavam intensamente. E, se de fato me sentia companheiro fraternal de ambos, devia auxiliá-los com os recursos ao meu alcance. Iniciei o trabalho procurando esclarecer os espíritos infelizes que se mantinham em estreita ligação com o enfermo. Minhas dificuldades, porém, eram enormes. Sentia-me abatidíssimo.
Nessa emergência, lembrei certa lição de Tobias, quando me dissera: - "aqui, em 'Nosso Lar', nem todos necessitam do aeróbus para se locomoverem, porque os habitantes mais elevados da colônia dispõem do poder de volitação; e nem todos precisam de aparelhos de comunicação para conversar a distância, por se manterem, entre si, num plano de perfeita sintonia de pensamentos. Os que se encontrem afinados desse modo, podem dispor, à vontade, do processo de conversação mental, apesar da distância".
Lembrei quanto me seria útil a colaboração de Narcisa e experimentei. Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa, comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não desamparasse.
Aconteceu, então, o que não poderia esperar.
Passados vinte minutos, mais ou menos, quando ainda não havia retirado a mente da rogativa, alguém me tocou de leve no ombro.
Era Narcisa que atendia, sorrindo:
– Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro.
Não cabia em mim de contentamento. (...)
Reconheci que Zélia e Ernesto se amavam intensamente. E, se de fato me sentia companheiro fraternal de ambos, devia auxiliá-los com os recursos ao meu alcance. Iniciei o trabalho procurando esclarecer os espíritos infelizes que se mantinham em estreita ligação com o enfermo. Minhas dificuldades, porém, eram enormes. Sentia-me abatidíssimo.
Nessa emergência, lembrei certa lição de Tobias, quando me dissera: - "aqui, em 'Nosso Lar', nem todos necessitam do aeróbus para se locomoverem, porque os habitantes mais elevados da colônia dispõem do poder de volitação; e nem todos precisam de aparelhos de comunicação para conversar a distância, por se manterem, entre si, num plano de perfeita sintonia de pensamentos. Os que se encontrem afinados desse modo, podem dispor, à vontade, do processo de conversação mental, apesar da distância".
Lembrei quanto me seria útil a colaboração de Narcisa e experimentei. Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa, comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não desamparasse.
Aconteceu, então, o que não poderia esperar.
Passados vinte minutos, mais ou menos, quando ainda não havia retirado a mente da rogativa, alguém me tocou de leve no ombro.
Era Narcisa que atendia, sorrindo:
– Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro.
Não cabia em mim de contentamento. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Regressando à Casa.
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(...) Não me demorei a examinar
pormenores. Atravessei celeremente algumas ruas, a caminho de casa. O coração
me batia descompassado, à medida que me aproximava do grande portão de entrada.
O vento, como outrora, sussurrava carícias no arvoredo do pequeno parque.
Desabrochavam azáleas e rosas, saudando a luz primaveril. Em frente ao pórtico,
ostentava-se, garbosa, a palmeira que, com Zélia, eu havia plantado no primeiro
aniversário de casamento.
Ébrio de felicidade, avancei para o interior. Tudo, porém, denotava diferenças enormes. Onde estariam os velhos móveis de jacarandá? E o grande retrato onde, com a esposa e os filhinhos, formávamos gracioso grupo? Alguma coisa me oprimia ansiosamente. Que teria acontecido? Comecei a cambalear de emoção. Dirigi-me à sala de jantar, onde vi a filhinha mais nova, transformada em jovem casadoura. E, quase no mesmo instante, vi Zélia que saía do quarto, acompanhando um cavalheiro que me pareceu médico, à primeira vista.
Gritei minha alegria com toda a força dos pulmões, mas as palavras pareciam reboar pela casa sem atingir os ouvidos dos circunstantes. Compreendi a situação e calei-me, desapontado. Abracei-me à companheira, com o carinho da minha saudade imensa, mas Zélia parecia totalmente insensível ao meu gesto de amor. Muito atenta, perguntou ao cavalheiro alguma coisa que não pude compreender de pronto. O interlocutor, baixando a voz, respondeu, respeitoso:
– Só amanhã poderei diagnosticar seguramente, porque a pneumonia se apresenta muito complicada, em virtude da hipertensão. Todo o cuidado é pouco, o Dr. Ernesto reclama absoluto repouso.
Quem seria aquele Dr. Ernesto? Perdia-me num mar de indagações, quando ouvi minha esposa suplicar, ansiosa:
– Mas, doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh! não suportaria uma segunda viuvez.
Zélia chorava e torcia as mãos, demonstrando imensa angústia.
Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara do meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena de ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões? Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito, estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde. Ao lado dele, três figuras negras iam e vinham, mostrando-se interessadas em lhe agravar os padecimentos.
De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos. O Senhor me havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão. Verifiquei que o doente estava cercado de entidades inferiores, devotadas ao mal; entretanto, não consegui auxiliá-lo imediatamente. (...)
Ébrio de felicidade, avancei para o interior. Tudo, porém, denotava diferenças enormes. Onde estariam os velhos móveis de jacarandá? E o grande retrato onde, com a esposa e os filhinhos, formávamos gracioso grupo? Alguma coisa me oprimia ansiosamente. Que teria acontecido? Comecei a cambalear de emoção. Dirigi-me à sala de jantar, onde vi a filhinha mais nova, transformada em jovem casadoura. E, quase no mesmo instante, vi Zélia que saía do quarto, acompanhando um cavalheiro que me pareceu médico, à primeira vista.
Gritei minha alegria com toda a força dos pulmões, mas as palavras pareciam reboar pela casa sem atingir os ouvidos dos circunstantes. Compreendi a situação e calei-me, desapontado. Abracei-me à companheira, com o carinho da minha saudade imensa, mas Zélia parecia totalmente insensível ao meu gesto de amor. Muito atenta, perguntou ao cavalheiro alguma coisa que não pude compreender de pronto. O interlocutor, baixando a voz, respondeu, respeitoso:
– Só amanhã poderei diagnosticar seguramente, porque a pneumonia se apresenta muito complicada, em virtude da hipertensão. Todo o cuidado é pouco, o Dr. Ernesto reclama absoluto repouso.
Quem seria aquele Dr. Ernesto? Perdia-me num mar de indagações, quando ouvi minha esposa suplicar, ansiosa:
– Mas, doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh! não suportaria uma segunda viuvez.
Zélia chorava e torcia as mãos, demonstrando imensa angústia.
Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara do meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena de ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões? Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito, estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde. Ao lado dele, três figuras negras iam e vinham, mostrando-se interessadas em lhe agravar os padecimentos.
De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos. O Senhor me havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão. Verifiquei que o doente estava cercado de entidades inferiores, devotadas ao mal; entretanto, não consegui auxiliá-lo imediatamente. (...)
terça-feira, 18 de junho de 2013
Culto Familiar
(...) Muito difícil frasear humanamente
as estrofes significativas, cheias de espiritualidade e beleza, mas tentarei
fazê-lo para demonstrar a riqueza das afeições nos planos de vida que se
estendem para além da morte:
Pai querido, enquanto a noite
Traz a benção do repouso,
Recebe, pai carinhoso,
Nosso afeto e devoção!...
Enquanto as estrelas cantam
Na luz que as empalidece,
Vem unir à nossa prece
A voz do teu coração.
Não te perturbes na estrada
De sombras do esquecimento,
Não te doa o sofrimento,
Jamais te firas no mal.
Não temas a dor terrestre,
Recorda a nossa aliança,
Conserva a flor da esperança
Para a ventura imortal.
Enquanto dormes no mundo,
Nossas almas acordadas
Relembram as alvoradas
Desta vida superior;
Aguarda o porvir risonho,
Espera por nós que, um dia,
Volveremos à alegria
Do jardim do teu amor.
Vem a nós, pai generoso,
Volta à paz do nosso ninho,
Torna às luzes do caminho,
Inda que seja a sonhar;
Esquece, um minuto, a Terra
E vem sorver da água pura
De consolo e de ternura
Das fontes de "Nosso Lar".
Nossa casa não te olvida
O sacrifício, a bondade,
A sublime claridade
De tuas lições no bem;
Atravessa a sombra espessa,
Vence, pai, a carne estranha,
Sobe ao cume da montanha,
Vem conosco orar também. (...)
Pai querido, enquanto a noite
Traz a benção do repouso,
Recebe, pai carinhoso,
Nosso afeto e devoção!...
Enquanto as estrelas cantam
Na luz que as empalidece,
Vem unir à nossa prece
A voz do teu coração.
Não te perturbes na estrada
De sombras do esquecimento,
Não te doa o sofrimento,
Jamais te firas no mal.
Não temas a dor terrestre,
Recorda a nossa aliança,
Conserva a flor da esperança
Para a ventura imortal.
Enquanto dormes no mundo,
Nossas almas acordadas
Relembram as alvoradas
Desta vida superior;
Aguarda o porvir risonho,
Espera por nós que, um dia,
Volveremos à alegria
Do jardim do teu amor.
Vem a nós, pai generoso,
Volta à paz do nosso ninho,
Torna às luzes do caminho,
Inda que seja a sonhar;
Esquece, um minuto, a Terra
E vem sorver da água pura
De consolo e de ternura
Das fontes de "Nosso Lar".
Nossa casa não te olvida
O sacrifício, a bondade,
A sublime claridade
De tuas lições no bem;
Atravessa a sombra espessa,
Vence, pai, a carne estranha,
Sobe ao cume da montanha,
Vem conosco orar também. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
A Volta de Laura
(...) Sorriu
a senhora Laura, parecendo mais encorajada, e asseverou:
– Tenho solicitado o socorro espiritual de todos os companheiros, a fim de manter-me vigilante nas lições aqui recebidas. Bem sei que a Terra está cheia da grandeza divina. Basta recordar que o nosso Sol é o mesmo que alimenta os homens; no entanto, meu caro Ministro, tenho receio daquele olvido temporário em que nos precipitamos. Sinto-me qual enferma que se curou de numerosas feridas... Em verdade, as úlceras não mais me apoquentam, mas conservo as cicatrizes. Bastaria um leve arranhão, para voltar a enfermidade.
O Ministro esboçou o gesto de quem compreendia o sentido da alegação e revidou:
– Não ignoro o que representam as sombras do campo inferior, mas é indispensável coragem e caminhar para diante. Ajuda-la-emos a trabalhar muito mais no bem dos outros, que na satisfação de si mesma. O grande perigo, ainda e sempre, é a demora nas tentações complexas do egoísmo.
– Aqui - tornou a interlocutora sensatamente -, contamos com as vibrações espirituais da maioria dos habitantes educados, quase todos, nas luzes do Evangelho Redentor; e ainda que velhas fraquezas subam á tona de nossos pensamentos, encontramos defesa natural no próprio ambiente. Na Terra, porém, nossa boa intenção é como se fora bruxuleante luz num mar imenso de forças agressivas.
– Não diga isso - atalhou o generoso Ministro -, não dê tamanha importância às influências das zonas inferiores. Seria armar o inimigo para que nos torturasse. O campo das idéias é igualmente campo de luta. Toda luz que acendermos, de fato, na Terra, lá ficará para sempre, porque a ventania das paixões humanas jamais apagará uma só das luzes de Deus.
A senhora pareceu agora ver tudo mais claro, em face dos conceitos ouvidos; mudou radicalmente a atitude mental e falou, cobrando novo alento:
– Estou convencida, agora, de que sua visita é providencial. Precisava levantar energias. Faltava-me essa exortação. É verdade: nossa zona mental é campo de batalha incessante. É preciso aniquilar o mal e a treva dentro de nós mesmos, surpreendê-los no reduto a que se recolhem, sem lhes dar a importância que exigem. Sim, agora compreendo.
Genésio sorriu satisfeito e acrescentou:
– Dentro do nosso mundo individual, cada ideia é como se fora uma entidade à parte... É necessário pensar nisso. Nutrindo os elementos do bem, progredirão eles para nossa felicidade, constituirão nossos exércitos de defesa; todavia, alimentar quaisquer elementos do mal é construir base segura para os nossos inimigos verdugos. (...)
– Tenho solicitado o socorro espiritual de todos os companheiros, a fim de manter-me vigilante nas lições aqui recebidas. Bem sei que a Terra está cheia da grandeza divina. Basta recordar que o nosso Sol é o mesmo que alimenta os homens; no entanto, meu caro Ministro, tenho receio daquele olvido temporário em que nos precipitamos. Sinto-me qual enferma que se curou de numerosas feridas... Em verdade, as úlceras não mais me apoquentam, mas conservo as cicatrizes. Bastaria um leve arranhão, para voltar a enfermidade.
O Ministro esboçou o gesto de quem compreendia o sentido da alegação e revidou:
– Não ignoro o que representam as sombras do campo inferior, mas é indispensável coragem e caminhar para diante. Ajuda-la-emos a trabalhar muito mais no bem dos outros, que na satisfação de si mesma. O grande perigo, ainda e sempre, é a demora nas tentações complexas do egoísmo.
– Aqui - tornou a interlocutora sensatamente -, contamos com as vibrações espirituais da maioria dos habitantes educados, quase todos, nas luzes do Evangelho Redentor; e ainda que velhas fraquezas subam á tona de nossos pensamentos, encontramos defesa natural no próprio ambiente. Na Terra, porém, nossa boa intenção é como se fora bruxuleante luz num mar imenso de forças agressivas.
– Não diga isso - atalhou o generoso Ministro -, não dê tamanha importância às influências das zonas inferiores. Seria armar o inimigo para que nos torturasse. O campo das idéias é igualmente campo de luta. Toda luz que acendermos, de fato, na Terra, lá ficará para sempre, porque a ventania das paixões humanas jamais apagará uma só das luzes de Deus.
A senhora pareceu agora ver tudo mais claro, em face dos conceitos ouvidos; mudou radicalmente a atitude mental e falou, cobrando novo alento:
– Estou convencida, agora, de que sua visita é providencial. Precisava levantar energias. Faltava-me essa exortação. É verdade: nossa zona mental é campo de batalha incessante. É preciso aniquilar o mal e a treva dentro de nós mesmos, surpreendê-los no reduto a que se recolhem, sem lhes dar a importância que exigem. Sim, agora compreendo.
Genésio sorriu satisfeito e acrescentou:
– Dentro do nosso mundo individual, cada ideia é como se fora uma entidade à parte... É necessário pensar nisso. Nutrindo os elementos do bem, progredirão eles para nossa felicidade, constituirão nossos exércitos de defesa; todavia, alimentar quaisquer elementos do mal é construir base segura para os nossos inimigos verdugos. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
domingo, 16 de junho de 2013
Sacrifício de Mulher.
(...) – As infelizes irmãs que o perseguem, entretanto, não o abandonam e, não
fosse a Proteção Divina por intermédio de nossos guardas espirituais, talvez
lhe subtraíssem a oportunidade da nova reencarnação.
– Deus meu! - exclamei. - Será então possível? Estamos à mercê do mal até esse ponto? Simples joguetes em mãos dos inimigos?
– Essas interrogações, meu filho - esclareceu minha genitora, muito calma -, devem pairar em nossos corações e em nossos lábios, antes de contrairmos qualquer débito e antes de transformarmos irmãos em adversários para o caminho. Não tomes empréstimos à maldade...
– E essas mulheres? - indaguei. Que será feito dessas infelizes?
Minha mãe sorriu e respondeu:
– Serão minhas filhas daqui a alguns anos. É preciso não esqueceres que irei ao mundo em auxílio de teu pai. Ninguém ajuda eficientemente, intensificando as forças contrárias, como não se pode apagar na Terra um incêndio com petróleo. É indispensável amar, André! Os que descrêem perdem o rumo verdadeiro, peregrinando pelo deserto; os que erram se desviam da estrada real, mergulhando no pântano. Teu pai é hoje um céptico e essas pobres irmãs suportam pesados fardos na lama da ignorância e da ilusão. Em futuro não distante, colocarei todos eles em meu regaço materno, realizando minha nova experiência.
E, olhos brilhantes e úmidos, como se estivesse a contemplar horizontes do porvir, rematou:
– E mais tarde... quem sabe? talvez regresse a "Nosso Lar", cercada de outros afetos sacrossantos, para uma grande festividade de alegria, amor e união...
Identificando-lhe o espírito de renúncia, ajoelhei-me e beijei-lhe as mãos.
Desde aquela hora, minha mãe não era apenas minha mãe. Era muito mais que isso. Era a mensageira do Amparo, que sabia converter verdugos em filhos do seu coração, para que eles retomassem o caminho dos filhos de Deus.
– Deus meu! - exclamei. - Será então possível? Estamos à mercê do mal até esse ponto? Simples joguetes em mãos dos inimigos?
– Essas interrogações, meu filho - esclareceu minha genitora, muito calma -, devem pairar em nossos corações e em nossos lábios, antes de contrairmos qualquer débito e antes de transformarmos irmãos em adversários para o caminho. Não tomes empréstimos à maldade...
– E essas mulheres? - indaguei. Que será feito dessas infelizes?
Minha mãe sorriu e respondeu:
– Serão minhas filhas daqui a alguns anos. É preciso não esqueceres que irei ao mundo em auxílio de teu pai. Ninguém ajuda eficientemente, intensificando as forças contrárias, como não se pode apagar na Terra um incêndio com petróleo. É indispensável amar, André! Os que descrêem perdem o rumo verdadeiro, peregrinando pelo deserto; os que erram se desviam da estrada real, mergulhando no pântano. Teu pai é hoje um céptico e essas pobres irmãs suportam pesados fardos na lama da ignorância e da ilusão. Em futuro não distante, colocarei todos eles em meu regaço materno, realizando minha nova experiência.
E, olhos brilhantes e úmidos, como se estivesse a contemplar horizontes do porvir, rematou:
– E mais tarde... quem sabe? talvez regresse a "Nosso Lar", cercada de outros afetos sacrossantos, para uma grande festividade de alegria, amor e união...
Identificando-lhe o espírito de renúncia, ajoelhei-me e beijei-lhe as mãos.
Desde aquela hora, minha mãe não era apenas minha mãe. Era muito mais que isso. Era a mensageira do Amparo, que sabia converter verdugos em filhos do seu coração, para que eles retomassem o caminho dos filhos de Deus.
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
sábado, 15 de junho de 2013
No Campo da Música.
(...) – O noivado é muito mais belo na espiritualidade. Não existem véus de
ilusão a obscurecer-nos o olhar. Somos o que somos. Lascínia e eu já
fracassamos muitas vezes nas experiências materiais. Devo confessar que quase
todos os desastres do pretérito tiveram origem na minha imprevidência e
absoluta falta de auto-domínio. A liberdade que as leis sociais do planeta
conferem ao sexo masculino, ainda não foi devidamente compreendida por nós
outros. Raramente algum de nós a utiliza no mundo em serviço de
espiritualização. Amiúde, convertemo-la em resvaladouro para a animalidade. As
mulheres, ao contrário, têm tido, até agora, a seu favor, as disciplinas mais
rigorosas. Na existência passageira, sofrem-nos a tirania e suportam o peso das
nossas imposições; aqui, porém, verificamos o reajustamento dos valores. Só é
verdadeiramente livre quem aprende a obedecer. Parece paradoxo e, todavia, é a
expressão da verdade. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
As Trevas.
(...) – Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos. Considere as
criaturas como itinerantes da vida. Alguns poucos seguem resolutos, visando ao
objetivo essencial da jornada. São os espíritos nobilíssimos, que descobriram a
essência divina em si mesmos, marchando para o alvo sublime, sem vacilações. A
maioria, no entanto, estaciona. Temos então a multidão de almas que demoram
séculos e séculos, recapitulando experiências. Os primeiros seguem por linhas
retas. Os segundos caminham descrevendo grandes curvas. Nessa movimentação,
repetindo marchas e refazendo velhos esforços, ficam à mercê de inúmeras
vicissitudes. Assim é que muitos costumam perder-se em plena floresta da vida,
perturbados no labirinto que tracejam para os próprios pés. Classificam-se, aí,
os milhões de seres que perambulam no Umbral. Outros, preferindo caminhar às
escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em
precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado.
Compreendeu? (...)
Livro:
Nosso Lar, pelo espírito André Luiz, de Francisco Candido Xavier.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Em Conversação.
(...) – Mas, o Espiritismo? - perguntou abruptamente um dos circunstantes. Não
surgiram as primeiras florações doutrinárias na América e na Europa, há mais de
cinqüenta anos? Não continua esse movimento novo a serviço das verdades
eternas?
Benevenuto sorriu, esboçou um gesto extremamente significativo e acrescentou:
– O Espiritismo é a nossa grande esperança e, por todos os títulos, é o Consolador da humanidade encarnada; mas a nossa marcha é ainda muito lenta. Trata-se de uma dádiva sublime, para a qual a maioria dos homens ainda não possuí "olhos de ver". Esmagadora porcentagem dos aprendizes novos aproxima-se dessa fonte divina a copiar antigos vícios religiosos. Querem receber proveitos, mas não se dispõem a dar coisa alguma de si mesmos. Invocam a verdade, mas não caminham ao encontro dela. Enquanto muitos estudiosos reduzem os médiuns a cobaias humanas, numerosos crentes procedem à maneira de certos enfermos que, embora curados, crêem mais na doença que na saúde, e nunca utilizam os próprios pés. Enfim, procuram-se, por lá, os espíritos materializados para o fenomenismo passageiro, ao passo que nós outros vivemos à procura de homens espiritualizados para o trabalho sério.
O trocadilho arrancou expressões de bom humor geral, acrescentando o Ministro, gravemente:
– Nossos serviços são astronômicos. Não esqueçamos, porém, que todo homem é semente da divindade. Ataquemos a execução de nossos deveres com esperança e otimismo, e estejamos sempre convictos de que, se bem fizermos a nossa parte, podemos permanecer em paz, porque o Senhor fará o resto.
Benevenuto sorriu, esboçou um gesto extremamente significativo e acrescentou:
– O Espiritismo é a nossa grande esperança e, por todos os títulos, é o Consolador da humanidade encarnada; mas a nossa marcha é ainda muito lenta. Trata-se de uma dádiva sublime, para a qual a maioria dos homens ainda não possuí "olhos de ver". Esmagadora porcentagem dos aprendizes novos aproxima-se dessa fonte divina a copiar antigos vícios religiosos. Querem receber proveitos, mas não se dispõem a dar coisa alguma de si mesmos. Invocam a verdade, mas não caminham ao encontro dela. Enquanto muitos estudiosos reduzem os médiuns a cobaias humanas, numerosos crentes procedem à maneira de certos enfermos que, embora curados, crêem mais na doença que na saúde, e nunca utilizam os próprios pés. Enfim, procuram-se, por lá, os espíritos materializados para o fenomenismo passageiro, ao passo que nós outros vivemos à procura de homens espiritualizados para o trabalho sério.
O trocadilho arrancou expressões de bom humor geral, acrescentando o Ministro, gravemente:
– Nossos serviços são astronômicos. Não esqueçamos, porém, que todo homem é semente da divindade. Ataquemos a execução de nossos deveres com esperança e otimismo, e estejamos sempre convictos de que, se bem fizermos a nossa parte, podemos permanecer em paz, porque o Senhor fará o resto.
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
A Palavra do Governador.
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(...) Finalizando, em meio de respeitoso silêncio, dirigiu-se o Governador, de
maneira particular, aos servidores da Regeneração, exclamando, mais ou menos
nestes termos:
– É para vós, irmãos meus, cujos labores se aproximam das atividades terrestres, com mais propriedade, que dirijo meu apelo pessoal, muito esperando da vossa nobre dedicação. Elevemos ao máximo nosso padrão de coragem e de espírito de serviço. Quando as forças da sombra agravam as dificuldades das esferas inferiores, é imprescindível acender novas luzes que dissipem, na Terra, as trevas densas. Consagrei o culto de hoje a todos os servidores deste Ministério, votando-lhes de modo particular a confiança do meu coração. Não me dirijo, pois, neste momento, aos nossos irmãos cujas mentes já funcionam em zonas mais altas da vida, mas a vós outros, que trazeis nas sandálias da recordação os sinais da poeira do mundo, para exalçar a tarefa gigantesca. "Nosso Lar" precisa de trinta mil servidores adestrados no serviço defensivo, trinta mil trabalhadores que não meçam necessidade de repouso, nem conveniências pessoais, enquanto perdurar nossa batalha com as forças desencadeadas do crime e da ignorância. Haverá serviço para todos, nas regiões de limite vibratório, entre nós e os planos inferiores, porque não podemos esperar o adversário em nossa morada espiritual. Nas organizações coletivas, é forçoso considerar a medicina preventiva como medida primordial na preservação da paz interna. Somos, em "Nosso Lar", mais de um milhão de criaturas devotadas aos desígnios superiores e ao melhoramento moral de nós mesmos. Seria caridade permitir a invasão de vários milhões de espíritos desordeiros? Não podemos, portanto, hesitar no que se refere à defesa do bem. Sei que muitos de vós recordais, neste instante, o Grande Crucificado. Sim, Jesus entregou-se à turba de amotinados e criminosos, por amor à redenção de todos nós, mas não entregou o mundo à desordem e ao aniquilamento. Todos devemos estar prontos para o sacrifício individual, mas não podemos entregar nossa morada aos malfeitores. Lógico que a nossa tarefa essencial é de confraternização e paz, de amor e alívio aos que sofrem; claro que interpretaremos todo mal como desperdício de energia, e todo crime como enfermidade d’alma; entretanto, "Nosso Lar', é um patrimônio divino, que precisamos defender com todas as energias do coração. Quem não sabe preservar, não é digno de usufruir. Preparemos, pois, legiões de trabalhadores que operem esclarecendo e consolando, na Terra, no Umbral e nas Trevas, em missões de amor fraternal; mas precisamos organizar, neste Ministério, antes de tudo, uma legião especial de defesa, que nos garanta as realizações espirituais, em nossas fronteiras vibratórias. (...)
– É para vós, irmãos meus, cujos labores se aproximam das atividades terrestres, com mais propriedade, que dirijo meu apelo pessoal, muito esperando da vossa nobre dedicação. Elevemos ao máximo nosso padrão de coragem e de espírito de serviço. Quando as forças da sombra agravam as dificuldades das esferas inferiores, é imprescindível acender novas luzes que dissipem, na Terra, as trevas densas. Consagrei o culto de hoje a todos os servidores deste Ministério, votando-lhes de modo particular a confiança do meu coração. Não me dirijo, pois, neste momento, aos nossos irmãos cujas mentes já funcionam em zonas mais altas da vida, mas a vós outros, que trazeis nas sandálias da recordação os sinais da poeira do mundo, para exalçar a tarefa gigantesca. "Nosso Lar" precisa de trinta mil servidores adestrados no serviço defensivo, trinta mil trabalhadores que não meçam necessidade de repouso, nem conveniências pessoais, enquanto perdurar nossa batalha com as forças desencadeadas do crime e da ignorância. Haverá serviço para todos, nas regiões de limite vibratório, entre nós e os planos inferiores, porque não podemos esperar o adversário em nossa morada espiritual. Nas organizações coletivas, é forçoso considerar a medicina preventiva como medida primordial na preservação da paz interna. Somos, em "Nosso Lar", mais de um milhão de criaturas devotadas aos desígnios superiores e ao melhoramento moral de nós mesmos. Seria caridade permitir a invasão de vários milhões de espíritos desordeiros? Não podemos, portanto, hesitar no que se refere à defesa do bem. Sei que muitos de vós recordais, neste instante, o Grande Crucificado. Sim, Jesus entregou-se à turba de amotinados e criminosos, por amor à redenção de todos nós, mas não entregou o mundo à desordem e ao aniquilamento. Todos devemos estar prontos para o sacrifício individual, mas não podemos entregar nossa morada aos malfeitores. Lógico que a nossa tarefa essencial é de confraternização e paz, de amor e alívio aos que sofrem; claro que interpretaremos todo mal como desperdício de energia, e todo crime como enfermidade d’alma; entretanto, "Nosso Lar', é um patrimônio divino, que precisamos defender com todas as energias do coração. Quem não sabe preservar, não é digno de usufruir. Preparemos, pois, legiões de trabalhadores que operem esclarecendo e consolando, na Terra, no Umbral e nas Trevas, em missões de amor fraternal; mas precisamos organizar, neste Ministério, antes de tudo, uma legião especial de defesa, que nos garanta as realizações espirituais, em nossas fronteiras vibratórias. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Convocados à Luta.
(...) Observei, então, que as zonas superiores da vida se voltam em defesa
justa, contra os empreendimentos da ignorância e da sombra, congregados para a
anarquia e, conseqüentemente, para a destruição. Esclareceram-me os colegas de
trabalho que, nos acontecimentos dessa natureza, os países agressores
convertem-se, naturalmente, em núcleos poderosos de centralização das forças do
mal. Sem se precatarem dos perigos imensos, esses povos, com exceção dos
espíritos nobres e sábios que lhes integram os quadros de serviço, embriagam-se
ao contacto dos elementos de perversão, que invocam das camadas sombrias.
Coletividades operosas convertem-se em autômatos do crime. Legiões infernais
precipitam-se sobre grandes oficinas do progresso comum, transformando-as em
campos de perversidade e horror. Mas, enquanto os bandos escuros se apoderam da
mente dos agressores, os agrupamentos espirituais da vida nobre movimentam-se
em auxílio dos agredidos. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Quem Semeia Colherá.
(...) – Minha experiência foi a de todas as mulheres doidivanas que
trocam o pão bendito do trabalho pelo fel venenoso da ilusão. Nos tempos da
mocidade distante, como filha de um lar paupérrimo, vali-me do emprego em casa
de abastado comerciante, onde a vida me impôs imensa transformação. Esse
negociante tinha um filho, tão jovem quanto eu, e depois da intimidade
estabelecida entre nós, quando toda a reação de minha parte seria inútil,
esqueci criminosamente que Deus reserva o trabalho a todos os que amem a vida
sã, por mais faltosos que tenham sido, e entreguei-me a experiências dolorosas,
que não preciso comentar. Conheci, de perto, o prazer, o luxo, o conforto
material e, em seguida, o horror de mim mesma, a sífilis, o hospital, o
abandono de todos, as tremendas desilusões que culminaram na cegueira e na
morte do corpo. Errei, muito tempo, em terrível desespero, mas, um dia, tanto
roguei o amparo da Virgem de Nazaré, que mensageiros do bem me recolheram por
amor ao seu nome, trazendo-me a esta casa de abençoada consolação.
Comovidíssimo até às lágrimas, perguntei:
– E ele? Como se chama o homem que a fez tão infeliz?
Ouvia-a, então, pronunciar meu nome e de meus pais.
– E você o odeia? - indaguei, acabrunhado.
Ela sorriu tristemente e respondeu:
– No período do meu sofrimento anterior, amaldiçoava-lhe a lembrança, nutrindo por ele um ódio mortal; mas a irmã Nemésia modificou-me. Para odiá-lo, tenho de odiar a mim mesma. No meu caso, a culpa deve ser repartida. Não devo, pois, recriminar ninguém. (...)
Comovidíssimo até às lágrimas, perguntei:
– E ele? Como se chama o homem que a fez tão infeliz?
Ouvia-a, então, pronunciar meu nome e de meus pais.
– E você o odeia? - indaguei, acabrunhado.
Ela sorriu tristemente e respondeu:
– No período do meu sofrimento anterior, amaldiçoava-lhe a lembrança, nutrindo por ele um ódio mortal; mas a irmã Nemésia modificou-me. Para odiá-lo, tenho de odiar a mim mesma. No meu caso, a culpa deve ser repartida. Não devo, pois, recriminar ninguém. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
domingo, 9 de junho de 2013
Ouvindo a Senhora Laura.
(...) Muita gente pode ter afeição e não ter compreensão. Não esqueça que
nossas construções vibratórias são muito mais importantes que as da Terra. O
caso Tobias é o caso de vitória da fraternidade real, por parte das três almas
interessadas na aquisição de justo entendimento. Quem não se adaptar à lei de
fraternidade e compreensão, logicamente não atravessará essas fronteiras. As
regiões obscuras do Umbral estão cheias de entidades que não resistiram a
semelhantes provas. Enquanto odiarem, assemelham-se a agulhas magnéticas sob os
mais antagônicos influxos; enquanto não entenderem a verdade, sofrerão o
império da mentira e, conseqüentemente, não poderão penetrar as zonas de
atividade superior. São incontáveis as criaturas que padecem longos anos, sem
qualquer alívio espiritual, simplesmente porque se esquivam à fraternidade
legítima.
– E que acontece, então? - interroguei, valendo-me da pausa da interlocutora - se não são admitidas aos núcleos espirituais de aprendizado nobre, onde se localizarão as pobres almas em experiências dessa ordem?
– Depois de padecimentos verdadeiramente infernais, pelas criações inferiores que inventam para si mesmas - redargüiu a mãe de Lísias -, vão fazer na experiência carnal o que não conseguiram realizar em ambiente estranho ao corpo terrestre. Concede-lhes a Bondade Divina o esquecimento do passado, na organização física do planeta, e vão receber, nos laços da consangüinidade, aqueles de quem se afastaram deliberadamente pelo veneno do ódio ou da incompreensão. Daí se infere a oportunidade, cada vez mais viva, da recomendação de Jesus, quando nos aconselha imediata reconciliação com os adversários. O alvitre, antes de tudo, interessa a nós mesmos. Devemos observá-lo em proveito próprio. Quem sabe valer-se do tempo, finda a experiência terrena, ainda que precise voltar aos círculos da carne, pode efetuar sublimes construções espirituais, com relação à paz da consciência, regressando à matéria grosseira, suportando menor bagagem de preocupações. Há muitos espíritos que gastam séculos tentando desfazer animosidades e antipatias na existência terrestre e refazendo-as após a desencarnação. O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente, precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo. (...)
– E que acontece, então? - interroguei, valendo-me da pausa da interlocutora - se não são admitidas aos núcleos espirituais de aprendizado nobre, onde se localizarão as pobres almas em experiências dessa ordem?
– Depois de padecimentos verdadeiramente infernais, pelas criações inferiores que inventam para si mesmas - redargüiu a mãe de Lísias -, vão fazer na experiência carnal o que não conseguiram realizar em ambiente estranho ao corpo terrestre. Concede-lhes a Bondade Divina o esquecimento do passado, na organização física do planeta, e vão receber, nos laços da consangüinidade, aqueles de quem se afastaram deliberadamente pelo veneno do ódio ou da incompreensão. Daí se infere a oportunidade, cada vez mais viva, da recomendação de Jesus, quando nos aconselha imediata reconciliação com os adversários. O alvitre, antes de tudo, interessa a nós mesmos. Devemos observá-lo em proveito próprio. Quem sabe valer-se do tempo, finda a experiência terrena, ainda que precise voltar aos círculos da carne, pode efetuar sublimes construções espirituais, com relação à paz da consciência, regressando à matéria grosseira, suportando menor bagagem de preocupações. Há muitos espíritos que gastam séculos tentando desfazer animosidades e antipatias na existência terrestre e refazendo-as após a desencarnação. O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente, precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo. (...)
sábado, 8 de junho de 2013
O Caso Tobias.
(...) De fato - objetei -, o problema interessa profundamente a todos
nós. Há milhões de pessoas, nos círculos do planeta, em estado de segundas
núpcias. Como resolver tão alta questão afetiva, considerando a espiritualidade
eterna? Sabemos que a morte do corpo apenas transforma sem destruir.
Os laços da alma prosseguem, através do Infinito. Como proceder? Condenar o
homem ou a mulher que se casaram mais de uma vez? Encontraríamos, porém,
milhões de criaturas nessas condições. Muitas vezes já lembrei, com interesse,
a passagem evangélica em que o Mestre nos promete a vida dos anjos, quando se
referiu ao casamento na Eternidade.
– Forçoso é reconhecer, todavia, com toda a nossa veneração ao Senhor - atalhou o anfitrião, bondoso -, que ainda não nos achamos na esfera dos anjos e, sim, dos homens desencarnados.
– Mas, como solucionar aqui semelhante situação? - perguntei.
Tobias sorriu e considerou:
– Muito simplesmente; reconhecemos que entre o irracional e o homem há enorme série gradativa de posições. Assim, também, entre nós outros, o caminho até o anjo representa imensa distância a percorrer. Ora, como podemos aspirar à companhia de seres angélicos, se ainda não somos nem mesmo fraternos uns com os outros? Claro que existem caminheiros de ânimo forte, que se revelam superiores a todos os obstáculos da senda, por supremo esforço da vontade; mas a maioria não prescinde de pontes ou do socorro de guardiães caridosos. Em vista dessa verdade, os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar. (...)
– Forçoso é reconhecer, todavia, com toda a nossa veneração ao Senhor - atalhou o anfitrião, bondoso -, que ainda não nos achamos na esfera dos anjos e, sim, dos homens desencarnados.
– Mas, como solucionar aqui semelhante situação? - perguntei.
Tobias sorriu e considerou:
– Muito simplesmente; reconhecemos que entre o irracional e o homem há enorme série gradativa de posições. Assim, também, entre nós outros, o caminho até o anjo representa imensa distância a percorrer. Ora, como podemos aspirar à companhia de seres angélicos, se ainda não somos nem mesmo fraternos uns com os outros? Claro que existem caminheiros de ânimo forte, que se revelam superiores a todos os obstáculos da senda, por supremo esforço da vontade; mas a maioria não prescinde de pontes ou do socorro de guardiães caridosos. Em vista dessa verdade, os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
A Preleção da Ministra.
(...) "Encontram-se, entre nós, no momento, algumas centenas de
ouvintes que se surpreendem com a nossa esfera cheia de formas análogas às do
planeta. Não haviam aprendido que o pensamento é a linguagem universal? Não
foram informados de que a criação mental é quase tudo em nossa vida? São
numerosos os irmãos que formulam semelhantes perguntas. Todavia, encontraram
aqui a habitação, o utensílio e a linguagem terrestres. Esta realidade,
contudo, não deve causar surpresa a ninguém. Não podemos esquecer que temos vivido,
até agora (referindo-nos à existência humana), em velhos círculos de
antagonismo vibratório. O pensamento é a base das relações espirituais dos
seres entre si, mas não olvidemos que somos milhões de almas dentro do
Universo, algo insubmissas ainda às leis universais. Não somos, por enquanto,
comparáveis aos irmãos mais velhos e mais sábios, próximos do Divino, mas
milhões de entidades a viverem nos caprichosos "mundos inferiores" do
nosso 'eu'. Os grandes instrutores da humanidade carnal ensinam princípios
divinos, expõem verdades eternas e profundas, nos círculos do globo. Em geral,
porém, nas atividades terrenas, recebemos notícias dessas leis sem nos
submetermos a elas e tomamos conhecimento dessas verdades sem lhes consagrarmos
nossas vidas. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
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