O livro é repleto de alusões satíricas, de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também traz referências lingüísticas e matemáticas através de enigmas, que contribuíram para a sua popularidade.
A história de Alice pode ser interpretada de várias maneiras. Uma delas diz respeito a representação da fase da adolescência. A relação está nas diversas mudanças de tamanho e a confusão que isso causa em Alice, que a fazem dizer que já não sabe mais quem ela é após tantas transformações.
A história surgiu quando numa tarde em 1862, durante um passeio de barco pelo rio Tâmisa, Charles na companhia de um amigo, quis entreter as filhas do então Vice-Chanceler da Universidade de Oxford e decano da Igreja de Cristo. As três irmãs se chamavam Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance. Grande parte das aventuras foi inspirada nos edifícios de Oxford e na Igreja de Cristo. Por exemplo, o Buraco do Coelho simbolizava as escadas na parte de trás do salão principal dessa Igreja.
Dois anos depois, com a finalidade de dar à Alice a história transcrita no papel, Charles fez um manuscrito e o nomeou "Alice Debaixo da Terra". Mais tarde influenciado por amigos, acrescentou algumas cenas e publicou o livro com o título que conhecemos hoje: Alice no País das Maravilhas.
A qualidade da impressão da primeira versão não ficou boa. Foi logo feita outra tiragem que se esgotou rapidamente. Oscar Wilde e a Rainha Vitória estavam entre seus leitores. Enquanto vivo, Charles pôde presenciar a venda de 180 mil cópias. Até hoje, foi traduzido para mais de 125 línguas. Só na língua inglesa foram 100 edições.
Em 1998 foi leiloado um exemplar da primeira impressão do livro, a que fora rejeitada, no valor de 1,5 milhão de dólares.
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