(...) De fato - objetei -, o problema interessa profundamente a todos
nós. Há milhões de pessoas, nos círculos do planeta, em estado de segundas
núpcias. Como resolver tão alta questão afetiva, considerando a espiritualidade
eterna? Sabemos que a morte do corpo apenas transforma sem destruir.
Os laços da alma prosseguem, através do Infinito. Como proceder? Condenar o
homem ou a mulher que se casaram mais de uma vez? Encontraríamos, porém,
milhões de criaturas nessas condições. Muitas vezes já lembrei, com interesse,
a passagem evangélica em que o Mestre nos promete a vida dos anjos, quando se
referiu ao casamento na Eternidade.
– Forçoso é reconhecer, todavia, com toda a nossa veneração ao Senhor - atalhou o anfitrião, bondoso -, que ainda não nos achamos na esfera dos anjos e, sim, dos homens desencarnados.
– Mas, como solucionar aqui semelhante situação? - perguntei.
Tobias sorriu e considerou:
– Muito simplesmente; reconhecemos que entre o irracional e o homem há enorme série gradativa de posições. Assim, também, entre nós outros, o caminho até o anjo representa imensa distância a percorrer. Ora, como podemos aspirar à companhia de seres angélicos, se ainda não somos nem mesmo fraternos uns com os outros? Claro que existem caminheiros de ânimo forte, que se revelam superiores a todos os obstáculos da senda, por supremo esforço da vontade; mas a maioria não prescinde de pontes ou do socorro de guardiães caridosos. Em vista dessa verdade, os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar. (...)
– Forçoso é reconhecer, todavia, com toda a nossa veneração ao Senhor - atalhou o anfitrião, bondoso -, que ainda não nos achamos na esfera dos anjos e, sim, dos homens desencarnados.
– Mas, como solucionar aqui semelhante situação? - perguntei.
Tobias sorriu e considerou:
– Muito simplesmente; reconhecemos que entre o irracional e o homem há enorme série gradativa de posições. Assim, também, entre nós outros, o caminho até o anjo representa imensa distância a percorrer. Ora, como podemos aspirar à companhia de seres angélicos, se ainda não somos nem mesmo fraternos uns com os outros? Claro que existem caminheiros de ânimo forte, que se revelam superiores a todos os obstáculos da senda, por supremo esforço da vontade; mas a maioria não prescinde de pontes ou do socorro de guardiães caridosos. Em vista dessa verdade, os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar. (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
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