quinta-feira, 13 de junho de 2013

Em Conversação.


(...) – Mas, o Espiritismo? - perguntou abruptamente um dos circunstantes. Não surgiram as primeiras florações doutrinárias na América e na Europa, há mais de cinqüenta anos? Não continua esse movimento novo a serviço das verdades eternas?

Benevenuto sorriu, esboçou um gesto extremamente significativo e acrescentou:

– O Espiritismo é a nossa grande esperança e, por todos os títulos, é o Consolador da humanidade encarnada; mas a nossa marcha é ainda muito lenta. Trata-se de uma dádiva sublime, para a qual a maioria dos homens ainda não possuí "olhos de ver". Esmagadora porcentagem dos aprendizes novos aproxima-se dessa fonte divina a copiar antigos vícios religiosos. Querem receber proveitos, mas não se dispõem a dar coisa alguma de si mesmos. Invocam a verdade, mas não caminham ao encontro dela. Enquanto muitos estudiosos reduzem os médiuns a cobaias humanas, numerosos crentes procedem à maneira de certos enfermos que, embora curados, crêem mais na doença que na saúde, e nunca utilizam os próprios pés. Enfim, procuram-se, por lá, os espíritos materializados para o fenomenismo passageiro, ao passo que nós outros vivemos à procura de homens espiritualizados para o trabalho sério.

O trocadilho arrancou expressões de bom humor geral, acrescentando o Ministro, gravemente:

– Nossos serviços são astronômicos. Não esqueçamos, porém, que todo homem é semente da divindade. Ataquemos a execução de nossos deveres com esperança e otimismo, e estejamos sempre convictos de que, se bem fizermos a nossa parte, podemos permanecer em paz, porque o Senhor fará o resto. 
 Livro: Nosso Lar, pelo espírito André Luiz, de Francisco Candido Xavier.

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