Esta semana começa com um mergulho nas profundezas do espírito para encontrarmos a parte luminosa e adormecida de nossa alma. Estamos no dia 31 de maio. É o último dia do mês. E talvez seja o primeiro passo para se iniciar um novo ciclo. Quem nos dá o pontapé inicial nessa jornada é Perséfone, a Rainha do Submundo.
Relembrando a história, Perséfone ou Prosérpina, como é chamada pelos romanos, era filha de Zeus com Deméter, deusa da agricultura. Os sinais de sua beleza e feminilidade começaram a despontar já na adolescência e chamaram a atenção de Hades, que não hesitou em raptá-la levando-a para debaixo da terra, para o mundo dos mortos. Deméter saiu em busca da filha deixando para trás seus afazeres com a terra. Esta, tornou-se estéril e houve escassez de alimentos.
Zeus ordenou a Hades que devolvesse a filha mas Perséfone já havia comido romã e por isso não poderia deixar o mundo subterrâneo de forma definitiva. Então é feito um acordo onde metade do ano Perséfone passaria debaixo da terra na companhia do marido, período que corresponderia ao inverno, e na outra metade, à superfície, na companhia da mãe, período que corresponderia ao verão.
Este mito justifica o ciclo anual das colheitas e as representações da lua assim como sua relação com a intuição feminina pois Perséfone transita entre as duas esferas, o plano astral e o plano físico. Por isso que esta deusa também está associada ao despertar de um tesouro oculto no âmago de nosso espírito.
Em Roma, é celebrado hoje o chamado Festival de Prosérpina. É um dia de alegria, de muitas flores espalhadas pelo caminho e de júbilo pelo seu retorno ao mundo dos vivos. Vamos aproveitar essa energia!
Se quiser, acenda uma vela branca e ao redor dela, formando um círculo, espalhe pedras pretas. Mentalize a deusa e peça a ela que traga à tona a face luminosa de seu ser, a riqueza oculta em cada um de nós. Ao tirar as pedras, estará tirando também aquilo que veda a passagem entre o mundo das trevas e o mundo da luz. Libere o que de melhor existe em você!