O apóstolo é o educador por excelência. Nele residem a
improvisação de trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos
discípulos se transforme e se ilumine, rumo à esfera superior.
O legislador formula decretos que determinam o
equilíbrio e a justiça na zona externa do campo social.
O administrador dispõe dos recursos materiais e
humanos, acionando a máquina dos serviços terrestres.
O sacerdote ensina ao povo as maneiras da fé, em
manifestações primárias.
O artista embeleza o caminho da inteligência,
acordando o coração para as mensagens edificantes que o mundo encerra em seu
conteúdo de espiritualidade.
O cientista surpreende as realidades da Sabedoria
Divina criadas para a evolução da criatura e revela-lhes a expressão visível ou
perceptível ao conhecimento popular.
O pensador interroga, sondando os fenômenos
passageiros.
O médico socorre a carne enfermiça.
O guerreiro disciplina a multidão e estabelece a
ordem.
O operário é o ativo menestrel das formas,
aperfeiçoando os vasos destinados à preservação da vida.
Os apóstolos, porém, são os condutores do espírito.
Em todas as grandes causas da Humanidade, são
instituições vivas do exemplo revelador, respirando no mundo das causas e dos
efeitos, oferecendo em si mesmos a essência do que ensinam, a verdade que
demonstram e a claridade que acendem ao redor dos outros.
Interferem na elaboração dos pensamentos dos
sábios e dos ignorantes, dos ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes,
renovando-lhes o modo de crer e de ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se
santifique. Neles surge a equação dos fatos e das idéias, de que se constituem
pioneiros ou defensores, através da doação total de si próprios a benefício de
todos. Por isso, passam na Terra, trabalhando e lutando, sofrendo e crescendo
sem descanso, com etapas numerosas pelas cruzes da incompreensão e da dor.
Representando, em si, o fermento espiritual que leveda a massa do progresso e
do aprimoramento, transitam no mundo, conforme a definição de Paulo de Tarso,
como se estivessem colocados pela Providência Divina nos últimos lugares da
experiência humana, à maneira de condenados a incessante sofrimento, pois neles
estão condensadas a demonstração positiva do bem para o mundo, a possibilidade
de atuação para os Espíritos Superiores e a fonte de benefícios imperecíveis
para a Humanidade inteira.Do Livro Fonte Vida, de Chico Xavier, ditado por Emmanuel.
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