A grandeza da prece dominical
nunca será devidamente compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.
Cada palavra, dentro dela, tem
a fulguração de sublime luz.
De início, o Mestre Divino
lança-lhe os fundamentos em Deus, ensinando que o Supremo Doador da Vida deve
constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.
É necessário começar e
continuar em Deus, associando nossos impulsos ao plano divino, a fim de que
nosso trabalho não se perca no movimento ruinoso ou inútil.
O Espírito Universal do Pai há
de presidir-nos o mais humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.
Em seguida, com um simples
pronome possessivo, o Mestre exalta a comunidade.
Depois de Deus, a Humanidade
será o tema fundamental de nossas vidas.
Compreenderemos as
necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou
estaremos segregados no egoísmo primitivista.
Todos os triunfos e fracassos
que iluminam e obscurecem a Terra pertencem-nos, de algum modo.
Os soluços de um hemisfério
repercutem no outro.
A dor do vizinho é uma
advertência para a nossa casa.
O erro de um irmão, examinado
nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de
uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e
falhas dos outros afetam-nos por dentro.
Quando entendemos semelhante
realidade, o império do eu” passa a incorporar-se por célula bendita à vida
santificante.
Sem amor a Deus e à
Humanidade, não estamos suficientemente seguros na oração.
Pai nosso... – disse Jesus
para começar. Pai do Universo... Nosso mundo...
Sem nos associarmos aos
propósitos do Pai, na pequenina tarefa que nos foi permitido executar, nossa
prece será, muitas vezes, simples repetição do “eu quero”, invariavelmente
cheio de desejos, mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.
Fonte Vida, de
Chico Xavier por Emmanuel.
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