Este pequeno trecho da
parábola do filho pródigo desperta valiosas considerações em torno da vida.
Judas sonhou com o domínio
político do Evangelho, interessado na transformação compulsória das criaturas;
contudo, quando caiu em si, era demasiado tarde, porque o Divino Amigo fora
entregue a juizes cruéis.
Outras personagens da Boa
Nova, porém, tornaram a si, a tempo de realizarem salvadora retificação.
Maria de Magdala pusera a vida
íntima nas mãos de gênios perversos, todavia, caindo em si, sob a influência do
Cristo, observa o tempo perdido e conquista a mais elevada dignidade espiritual,
por intermédio da humildade e da renunciação.
Pedro, intimidado ante as
ameaças de perseguição e sofrimento, nega o Mestre Divino; entretanto, caindo
em si, ao se lhe deparar o olhar compassivo de Jesus, chora amargamente e
avança, resoluto, para a sua reabilitação no apostolado.
Paulo confia-se a desvairada
paixão contra o Cristianismo e persegue, furioso, todas as manifestações do
Evangelho nascente; no entanto, caindo em si, perante o chamado sublime do
Senhor, penitencia-se dos seus erros e converte-se num dos mais brilhantes
colaboradores do triunfo cristão.
Há grande massa de crentes de
todos os matizes, nas mais diversas linhas da fé, todavia, reinam entre eles a
perturbação e a dúvida, porque vivem mergulhados nas interpretações puramente
verbalistas da revelação celeste, em gozos fantasistas, em mentiras da hora
carnal ou imantados à casca da vida a que se prendem desavisados. Para eles, a
alegria
Cai, contudo, em ti mesmo, sob
a bênção de Jesus e, transferindo-te, então, da inércia para o trabalho
incessante pela tua redenção, observarás, surpreendido, como a vida é
diferente.
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