Dia do Padre dos Padres.

Hoje comemora-se o dia internacional do padre. Quatro de agosto é dia de São João Maria Vianney, o padroeiro dos padres.

Ele ficou conhecido como cura D’Ars, em razão de ter exercido o sacerdócio por mais de quarenta anos num povoado francês chamado Ars-en-Dombles.

Era um camponês de mente rude e tido também como um alienado. Desertou do exército napoleônico sem entender a gravidade de seu comportamento. O fez apenas porque não conseguia acerta o passo com o seu batalhão. Depois quando entrou para o seminário teve dificuldades de acompanhar os estudos de filosofia e teologia. Seu próprio mestre conversando com o Vigário Geral comentou: - É uma lástima porque é um modelo de piedade. Ouvindo isso o Vigário exclamou: - Então eu o promovo e a graça de Deus fará o resto.

Foi ordenado em 1815 mas sem autorização para confessar, pois era considerado incapaz de guiar os fiéis. Um ano depois ele foi para Ars como vigário capelão, e depois veio a ser vigário ou cura. O interessante é que quando ele foi para esse povoado, de apenas 230 habitantes, existiam quatro hospedarias com bastante movimentação e contra a qual o jovem cura começou a trovejar do seu púlpito. Eis que poucos anos depois, Ars estava completamente transformada. As Tavernas estavam desertas e a Igreja povoada.

Ele tinha uma severidade que jamais se separava de uma incomensurável bondade e generosidade. Possuía apenas uma batina e se preciso fosse dava seus sapatos e meias se encontrasse um necessitado pelo caminho. Mas foi no confessionário que viveu intensamente seu apostolado. Ficava às vezes até 18 horas diárias ajoelhado. Nos últimos anos de sua vida a fama de confessor alcançou cidades vizinhas. Eram mais de 200 peregrinos por dia à procura da confissão em Ars.

Diz-se que ajoelhado em seu confessionário, João Vianney lia a alma das pessoas como se estivesse diante de um livro aberto e anunciava acontecimentos para elas. Também era capaz de adivinhar aquilo que perturbava a consciência das pessoas. Suas faculdades extraordinárias estavam condicionadas à fé cristã e à vida sacramental. Não estaria ele predizendo o futuro, mas manifestando o projeto de Deus para determinada pessoa.

Ele morreu aos 73 anos em 1859 e Ars, desde o início do século passado, se transformou em local de peregrinação. Foi canonizado pelo papa Pio XI em 1925 e declarado padroeiro dos párocos de todo o mundo em 1929.

João Maria Vianney é a personificação do provérbio “O Senhor não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos”.

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