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Contemplar o Tao é o mesmo que dar um mergulho no cosmos. A partir daí, tudo nos pode ser revelado. Os mistérios do universo se descortinam entre o ser e o não-ser. Quando vemos duas forças distintas e unidas de forma tão intrínseca, observamos que uma depende da outra para caminhar; para existir; para ser. E é justamente sob esse ponto de vista que descobrimos como a energia faz parte de tudo o que existe ao nosso redor. Seja nas rochas ou nos metais, seja nos relâmpagos ou nos pensamentos. Tudo existe porque tudo é real. Sendo assim, tudo faz parte de uma energia que possui duas forças atuantes; a negativa e a positiva; o frio e o quente; o preto e o branco; o errado e o certo; o espírito e a matéria.
Os seres vivos e todas as coisas que fazem parte da existência do cosmos, bem como a ação do que deles se expressa, acontecem e se desenvolvem incessantemente revelando a interação eterna do Yin e do Yang. Essa manifestação, faz com que uma força interfira na outra para dar lugar a uma só estrutura onde uma é a outra, e vice-versa. O movimento cíclico delas, apesar de serem diferentes, possui a mesma energia vibracional, o mesmo caráter dinâmico. E, a simetria rotacional que do símbolo emana nos faz vê-lo como dois elementos dotado de um só caminho. O caminho do equilíbrio onde não estamos nem tão frio e nem tão quente. Onde não somos nem só matéria e nem só espírito. Somos a fusão dessas duas energias em ação.
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A interdependência do Tao nos mostra que é do caminhar de uma energia que depende a volta da outra. Enquanto uma caminha para o seu destino, a outra está em busca do seu começo. E quando a que chegou no seu destino começar a retornar para o princípio de sua busca, a outra estará pronta para partir em seu objetivo. Segundo Lao-Tsé, “o retorno é o movimento do Tao” e “afastar-se significa retornar”. Isso quer dizer que tudo na natureza possui movimento cíclico de ida e vinda, de expansão e contração. Para o chineses quando uma situação chega ao seu extremo ela é automaticamente compelida a voltar para o oposto do seu estado. Essa crença leva os orientais a buscarem o meio termo nas situações.
“O sábio evita o excesso, a extravagância e a indulgência”, Lao-Tsé.
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