domingo, 30 de agosto de 2020

Santa Narcisa de Jesus


Santa Narcisa de Jesus mostra um caminho de perfeição cristã e oferece um exemplo de uma vida dedicada a Deus e aos irmãos, nas palavras do Papa Bento XVI, quando a canonizou em 12 outubro de 2008.
Narcisa nasceu em 1832 numa família católica e abastada financeiramente. Moravam numa fazenda no povoado de Nobol, província de Guaias, no Equador. Sua mãe faleceu quando Narcisa tinha 4 anos de idade. Com a ajuda de uma professora particular e de sua irmã mais velha, aprendeu a ler, escrever, tocar violão e até a cozinhar. E mesmo sendo pequena, era a sexta de nove irmãos, ajudou a cuidar dos irmãos mais novos e mais tarde a educa-los.
Quando fez sete anos, foi crismada e passou a dedicar longas horas do seu dia à oração. Havia uma goiabeira perto da fazenda onde costumava passar horas sob a sua sombra rezando. Seu pai vendo a dedicação com que Narcisa se debruçava a oração, reservou um dos aposentos da casa para que servisse de “capela”. Narcisa colocou ali uma imagem esculpida em madeira, do menino Jesus.
Aos 15 anos de idade, aprendeu a costurar, arte pela qual desenvolveu o domínio de tecer e bordar. Costurava para sua família e também na casa dos vizinhos. Mais tarde, todo o dinheiro que ganharia com as costuras e os bordados, seria doado para os pobres e desafortunados.
Três anos depois, seu pai faleceu e Narcisa se mudou para Guayaquil onde viviam alguns parentes. A casa onde foi morar ficava ao lado da catedral e foi onde passou a trabalhar dando aulas de catecismo para crianças e jovens. Se desfez de seus bens materiais herdados da família para ajudar os necessitados.
     Também foi nessa cidade que Narcisa encontrou uma amiga de infância, Mercedes Molina, e passou a ajudá-la na tarefa de cuidar de um orfanato. Narcisa além de participar na formação das crianças, também confeccionou as indumentárias delas.
Durante toda a sua vida, a dedicação que tinha à oração, penitência e caridade, a fez ser convidada, em 1868, a morar num convento dominicano em Patrocínio, em Lima, no Peru. Foi nesse convento que, tendo intensificado suas orações e penitências, teve uma visão de Jesus lhe mostrando seu coração e dizendo: Jamais concedi igual graça a uma alma.
No ano seguinte, Narcisa novamente vislumbrou não só Jesus, mas também Nossa Senhora. Eles lhe pediram que manifestasse alguma graça que desejasse obter. Narcisa pediu pelos mais necessitados e também rogou que fosse logo para o Céu. E foi após essa revelação, que Narcisa, então com 37 anos de idade, ficou doente e faleceu em poucos mais de dois meses.
Após a sua morte, ficaram conhecendo a verdadeira vida que Narcisa levava na reserva de sua cela, como eram chamados os quartos dos religiosos. Ela tinha feito voto privado de castidade perpétua, pobreza, obediência, clausura, jejum de pão e água, comunhão diária, confissão, mortificação e oração. Os médicos que a assistiram nos seus últimos dias, ficaram surpreendidos de que tivesse vivido com tão pouco alimento por tanto tempo.
Narcisa foi beatificada em 25 de outubro de 1992 pelo Papa João Paulo II e canonizada em 12 de outubro de 2008 pelo Papa Bento XVI. É a terceira santa equatoriana. O dia da sua festa litúrgica é 30 de agosto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

As 3+ visitadas da última semana