Pedro Crisólogo foi um bispo católico que nasceu em Ímola,
uma província de Ravena, na Itália, no ano 380. Seu cognome vem do grego e
significa, palavra de ouro. Autor de
belas homilias, é também conhecido como Doutor
da Igreja por causa de suas belas homilias. É venerado por católicos e
ortodoxos.
Pedro era filho de pais cristãos. Educado na fé, logo cedo
foi ordenado diácono. Seus discursos eram curtos mas muito inspiradores. Ele
justificava os textos curtos dizendo que temia entediar seus ouvintes.
Em 433, o Imperador romano, Valentiniano III, filho da
imperatriz romana Galla Placídia, indicou Pedro para ser Bispo de Ravena. E ele
se tornou o primeiro bispo ocidental a ocupar a diocese, sendo consagrado pelo
Papa Xisto III.
Ganhou a fama de palavras
de ouro, quando Placídia, após ouvir a primeira homilia de Pedro, enquanto
bispo, chamou-o de Crisólogo. A partir de então, a imperatriz começou a
financiar os projetos do recém nomeado bispo.
Sua pregações eram um exemplo de fé e de amor ao Evangelho.
Escreveu ao todo, que se tem registro, 176 homilias de cunho popular. Nelas,
explica os dogmas e liturgias da igreja de forma simples, direta e atrativa. Também
defendeu o direito dos fiéis de poder comungar todos os dias. Foi um religioso
prudente e zeloso.
Em 450 pressentiu que chegara a sua hora. Pediu dispensa do
bispado e retornou à sua terra natal. Um dia após chegar em Ímola, rezou pela
manhã a Santa Missa, na igreja de São Cassiano, e pediu aos seus fiéis que
fosse enterrado perto do altar. Poucas horas depois, ao meio dia, faleceu.
Há controvérsias sobre a data de sua morte. Uma antiga
referência, aponta para 2 de dezembro, de 450. Enquanto, outra, 31 de julho, de
451. Quando foi declarado Doutor da
Igreja, em 1729, pelo Papa Bento XIII, sua festa, que até então era comemorada
dia 4 de dezembro, passou a ser 30 de julho e, o ano de sua morte, 450.
Eis alguns trechos de suas homilias:
"Os que passaram,
viveram para nós; nós, para os vindouros, e ninguém para si."
"Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto, em seu benefício, o coração de Deus, não feche o seu a quem o suplica."
"A oração é uma das
três coisas que sustentam a fé. As outras duas são o jejum e a misericórdia. O
que a oração pede, o jejum obtém e a misericórdia recebe. Unidos, a oração, o
jejum e a misericórdia tudo podem. O jejum é a alma da oração, e a misericórdia
a vida do jejum. Não os separeis jamais. Quem um não tiver, nenhum dos três
terá; donde se segue que quem ora deve jejuar, e quem jejua deve exercer obras
de misericórdia."
"Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto, em seu benefício, o coração de Deus, não feche o seu a quem o suplica."
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