Santa Vilgeforte, também conhecida como Santa Liberata, nasceu
na Lusitânia, hoje Portugal, em 119, mas seu culto, se intensificou a partir do
século XIV de forma lendária.
De acordo com a lenda, Vilgeforte foi prometida em casamento
para um rei pagão. Mas ela não desejava se casar. Queria seguir a vida
religiosa e rezou pedindo a Deus que se tornasse repugnante fisicamente. No dia
seguinte, quando acordou, estava com barba. Suas súplicas foram ouvidas pois
seu noivado foi cancelado. No entanto, seu pai ficou furioso e ordenou que
Vilgeforte fosse crucificada.
Apesar de ter sido bastante popular na Idade Média, no século
XVI, essa lenda perdeu força. Mas no século XX, na Baviera, Áustria, norte da
França e Bélgica, Santa Vilgeforte voltou a ser venerada. Na Argentina e no
Panamá, ela é chamada de Santa Librada.
O dia da sua festa litúrgica é 20 de julho. É retratada com
barba e vestindo uma túnica azul cumprida. Historiadores de arte defendem que o
culto à Santa Vilgeforte tenha se originado em imagens de Cristo crucificado
vestindo uma túnica azul. E que, séculos depois, após ser levada por peregrinos
e comerciantes para a Europa Setentrional, criaram uma narrativa para explicar
o Cristo andrógino.
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