domingo, 19 de julho de 2020

Santa Macrina, a Jovem


Santa Macrina, a Jovem, foi uma religiosa católica que viveu no século IV da Era Cristã. Foi a primogênita de uma família de 10 filhos. Seu pai chamava-se Basílio, o Velho, e sua mãe, Emília de Cesareia. Ela era neta de Santa Macrina Maior, mãe de Basílio.  

Basílio, o Velho, foi criado numa província romana mas durante a perseguição aos cristãos, sob o imperador romano Galério, se mudou para a costa do Mar Negro, onde conheceu Emília. Dos dez filhos que tiveram, cinco se tornaram santos. São eles, Basílio Magno, Gregório de Nissa, Pedro de Sebaste, Naucrácio e Macrina, a Jovem.

Por ser a filha mais velha, Macrina ajudou sua mãe na criação dos irmãos mais novos. Aos 12 anos, fora prometida em matrimônio mas seu noivo falecera antes do casamento. Depois desse episódio, ela pediu que não arrumassem outro noivo para ela pois pretendia seguir uma vida de oração. Aos 15 anos, seu pai morreu e Macrina decidiu que nunca iria se afastar de sua mãe. Quando os irmãos já estavam crescidos, ela e sua mãe resolveram ser monjas. Macrina já contava com 27 anos de idade quando mudou-se com sua mãe para uma propriedade da família em Anési, próximo ao rio Íris, no Ponto, e junto com outras mulheres, as antigas servas, transformaram a casa num convento. Escolheram ter uma vida sem luxo, realizando além das orações e assistência às jovens que procuravam seguir uma vida religiosa, trabalhos manuais e domésticos. Mas não sem antes, vender as outras propriedades da família para ajudar os pobres.   

À Macrina, foram atribuídos milagres ainda em vida. Um deles, a curou de uma doença. Macrina teve um tumor no peito, abaixo do pescoço, que lhe causava muita dor. Mas sua fé a fez se ajoelhar e passar uma noite em oração pedindo a Deus que a curasse. As suas lágrimas, que caíram no chão, se misturaram com a terra e se transformaram numa lama milagrosa. Macrina passou essa lama no seu peito e de manhã, quando sua mãe a viu “suja” de lama, foi limpá-la. Quando tirou a lama do seu peito, Macrina não tinha mais o tumor. Ficara apenas a marca de um corte no lugar.

Em outro milagre relatado, Macrina teria curado uma enfermidade ocular de uma menina. A aparência de um dos olhos da criança causava repulsa pois possuía uma membrana esbranquiçada e também a impedia de enxergar. Os pais dela estavam visitando o convento quando Macrina convidou-os a cear com ela prometendo que lhes daria depois o remédio para a cura da menina. Após o jantar, e já distante do convento, o pai lembrou que esqueceu de pegar o tal remédio prometido. E quando ele estava prestes a voltar para o convento, eis que sua esposa olha para a filha e vê que o remédio já havia sido dado.  

Com Macrina, nasceu o ideal ascético cristão feminino de mulheres consagradas à Cristo e comprometidas com um cânon. Sua mãe, Santa Emília, faleceu no ano 375 e tornou-se padroeira da viuvez, sendo venerada nas igrejas orientais da Rüssia e da Grécia. Santa Macrina, a Jovem, morreu com 53 anos de idade, no ano 380. Sua festa litúrgica é comemorada dia 19 de julho.

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