Santa Macrina, a Jovem, foi uma religiosa católica que viveu
no século IV da Era Cristã. Foi a primogênita de uma família de 10 filhos. Seu
pai chamava-se Basílio, o Velho, e sua mãe, Emília de Cesareia. Ela era neta de
Santa Macrina Maior, mãe de Basílio.
Basílio, o Velho, foi criado numa província romana mas
durante a perseguição aos cristãos, sob o imperador romano Galério, se mudou
para a costa do Mar Negro, onde conheceu Emília. Dos dez filhos que tiveram,
cinco se tornaram santos. São eles, Basílio Magno, Gregório de Nissa, Pedro de
Sebaste, Naucrácio e Macrina, a Jovem.
Por ser a filha mais velha, Macrina ajudou sua mãe na
criação dos irmãos mais novos. Aos 12 anos, fora prometida em matrimônio mas
seu noivo falecera antes do casamento. Depois desse episódio, ela pediu que não
arrumassem outro noivo para ela pois pretendia seguir uma vida de oração. Aos
15 anos, seu pai morreu e Macrina decidiu que nunca iria se afastar de sua mãe.
Quando os irmãos já estavam crescidos, ela e sua mãe resolveram ser monjas.
Macrina já contava com 27 anos de idade quando mudou-se com sua mãe para uma
propriedade da família em Anési, próximo ao rio Íris, no Ponto, e junto com
outras mulheres, as antigas servas, transformaram a casa num convento. Escolheram
ter uma vida sem luxo, realizando além das orações e assistência às jovens que
procuravam seguir uma vida religiosa, trabalhos manuais e domésticos. Mas não sem antes,
vender as outras propriedades da família para ajudar os pobres.
À Macrina, foram atribuídos milagres ainda em vida. Um deles,
a curou de uma doença. Macrina teve um tumor no peito, abaixo do pescoço, que
lhe causava muita dor. Mas sua fé a fez se ajoelhar e passar uma noite em
oração pedindo a Deus que a curasse. As suas lágrimas, que caíram no chão, se
misturaram com a terra e se transformaram numa lama milagrosa. Macrina passou
essa lama no seu peito e de manhã, quando sua mãe a viu “suja” de lama, foi
limpá-la. Quando tirou a lama do seu peito, Macrina não tinha mais o tumor. Ficara
apenas a marca de um corte no lugar.
Em outro milagre relatado, Macrina teria curado uma
enfermidade ocular de uma menina. A aparência de um dos olhos da criança causava
repulsa pois possuía uma membrana esbranquiçada e também a impedia de enxergar.
Os pais dela estavam visitando o convento quando Macrina convidou-os a cear com
ela prometendo que lhes daria depois o remédio para a cura da menina. Após o
jantar, e já distante do convento, o pai lembrou que esqueceu de pegar o tal
remédio prometido. E quando ele estava prestes a voltar para o convento, eis
que sua esposa olha para a filha e vê que o remédio já havia sido dado.
Com Macrina, nasceu o ideal ascético cristão feminino de
mulheres consagradas à Cristo e comprometidas com um cânon. Sua mãe, Santa Emília,
faleceu no ano 375 e tornou-se padroeira da viuvez, sendo venerada nas igrejas
orientais da Rüssia e da Grécia. Santa Macrina, a Jovem, morreu com 53 anos de
idade, no ano 380. Sua festa litúrgica é comemorada dia 19 de julho.
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