quinta-feira, 2 de julho de 2020
As Mulheres na Independência da Bahia
Em 2 de julho de 1823, a Bahia conquistou sua independência expulsando definitivamente Portugal do domínio brasileiro. No ano anterior, Dom Pedro I havia declarado a independência oficial do Brasil mas haviam ainda tropas portuguesas que insistiam em ocupar outras províncias no país. Outras pequenas batalhas aconteceram depois em outros Estados mas esta, em solo baiano, foi a mais representativa.
Nesse cenário de emancipação, três mulheres se destacaram. Foram a abadessa Joana Angélica, que morreu ao defender o Convento da Lapa, da invasão de soldados portugueses. Na ocasião, o Convento abrigava tropas brasileiras. A segunda mulher foi a marisqueira e pescadora, Maria Felipa de Oliveira, que liderou um grupo para lutar contra os soldados portugueses. Sob suas ordens, o grupo foi responsável por ter queimado 40 embarcações portuguesas que estavam próximas à Ilha de Itaparica. E a terceira personagem que marca a história da independência da Bahia, foi Maria Quitéria. Ela se alistou no exército como homem e lutou durante todo o período da guerra baiana. Em reconhecimento a sua participação, Dom Pedro I a condecorou com a Imperial Ordem do Cruzeiro e também lhe concedeu um soldo vitalício de alferes. É frequentemente comparada à mártir francesa Joana D’Arc.
Em julho de 2018, uma lei federal incluiu Maria Quitéria no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, ao lado da abadessa Joana Angélica, Maria Felipa de Oliveira e João das Botas*, personagens da Guerra de Independência do Brasil na Bahia.
* Apelido do tenente João Francisco de Oliveira, militar brasileiro que participou da batalha pela independência da Bahia.
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