A indústria
mecanizada dos tempos modernos muito se refere às provas de fogo para positivar
a resistência de suas obras e, ponderando o feito, recordemos que o Evangelho,
igualmente, se reporta a essas provas, há quase vinte séculos, com respeito às
aquisições espirituais.
Escrevendo aos
Coríntios, Paulo imagina os obreiros humanos construindo sobre o único
fundamento, que é Jesus-Cristo, organizando cada qual as próprias realizações,
de conformidade com os recursos evolutivos.
Cada discípulo,
entretanto, deve edificar o trabalho que lhe é peculiar, convicto de que os
tempos de luta o descobrirão aos olhos de todos, para que se efetue reto juízo
acerca de sua qualidade.
O aperfeiçoamento
do mundo, na feição material, pode fornecer a imagem do que seja a importância
dessas aferições de grande vulto. A Terra permanece cheia de fortunas,
posições, valores e inteligências que não suportam as provas de fogo; mal se
aproximam os movimentos purificadores, descem, precipitadamente, os degraus da
miséria, da ruína, da decadência. No serviço do Cristo, também é justo que o
aprendiz aguarde o momento de verificação das próprias possibilidades. O
caráter, o amor, a fé, a paciência, a esperança representam conquistas para a
vida eterna, realizadas pela criatura, com o auxilio santo do Mestre, mas todos
os discípulos devem contar com as experiências necessárias que, no instante
oportuno, lhe provarão as qualidades espirituais.
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