(...) – As almas femininas não podem permanecer inativas aqui. É preciso
aprender a ser mãe, esposa, missionária, irmã. A tarefa da mulher, no lar, não
pode circunscrever-se a umas tantas lágrimas de piedade ociosa e a muitos anos
de servidão. É claro que o movimento coevo do feminismo desesperado constituí
abominável ação contra as verdadeiras atribuições do espírito feminino. A
mulher não pode ir ao duelo com os homens, através de escritórios e gabinetes,
onde se reserva atividade justa ao espírito masculino. Nossa colônia, porém,
ensina que existem nobres serviços de extensão do lar, para as mulheres. A
enfermagem, o ensino, a indústria do fio, a informação, os serviços de
paciência, representam atividades assaz expressivas. O homem deve aprender a
carrear para o ambiente doméstico a riqueza de suas experiências, e a mulher
precisa conduzir a doçura do lar para os labores ásperos do homem. Dentro de
casa, a inspiração; fora dela, a atividade. Uma não viverá sem a outra. Como
sustentar-se o rio sem a fonte, e como espalhar-se a água da fonte sem o leito
do rio? (...)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
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