(…) – Oh! filho, não ignoro
as instruções que o nosso generoso Clarêncio te ministrou. Não te queixes.
Agradeçamos ao Pai a bênção desta reaproximação. Sintamo-nos agora numa escola
diferente, onde aprendemos a ser filhos do Senhor. Na posição de mãe terrestre,
nem sempre consegui orientar-te como convinha. Também eu trabalho, pois,
reajustando o coração. Tuas lágrimas fazem-me voltar à paisagem dos sentimentos
humanos. Alguma coisa tenta operar o retrocesso de minh’alma. Quero dar razão
aos teus lamentos, erigir-te um trono, qual se foras a melhor criatura do
Universo; mas essa atitude, presentemente, não se coaduna com as novas lições
da vida. Esses gestos são perdoáveis nas esferas da carne; aqui, porém, filho
meu, é indispensável atender, antes de tudo, ao Senhor. Não és o único homem
desencarnado a reparar os próprios erros, nem sou a única mãe a sentir-se
distante dos entes amados. Nossa dor, portanto, não nos edifica pelos prantos
que vertemos, ou pelas feridas que sangram em nós, mas pela porta de luz que
nos oferece ao espírito, a fim de sermos mais compreensivos e mais humanos.
Lágrimas e úlceras constituem o processo de bendita extensão dos nossos mais
puros sentimentos. (…)
Livro: Nosso Lar, pelo espírito André
Luiz, de Francisco Candido Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário