Quantos procuram a sublimação
da individualidade precisam entender o valor supremo da vontade no aprimoramento
próprio.
Os templos e as escolas do
Cristianismo permanecem repletos de aprendizes que vislumbram os poderes divinos
de Jesus e lhe reconhecem a magnanimidade, caminhando, porém, ao sabor de
vacilações cruéis.
Crêem e descrêem, ajudam e
desajudam, organizam e perturbam, iluminam-se na fé e ensombram-se na desconfiança...
É que esperam a proteção do
Senhor para desfrutarem o contentamento imediato no corpo, mas não querem ir
até ele para se apossarem da vida eterna.
Pedem o milagre das mãos do
Cristo, mas não lhe aceitam as diretrizes.
Solicitam-lhe a presença
consoladora, entretanto, não lhe acompanham os passos.
Pretendem ouvi-lo, à beira do
lago sereno, em preleções de esperança e conforto, todavia, negam-se a partilhar
com ele o serviço da estrada, através do sacrifício pela vitória do bem.
Cortejam-no em Jerusalém,
adornada de flores, mas fogem aos testemunhos de entendimento e bondade, à
frente da multidão desvairada e enferma.
Suplicam-lhe as bênçãos da
ressurreição, no entanto, odeiam a cruz de espinhos que regenera e santifica.
Podem ir na vanguarda
edificante, mas não querem.
Clamam por luz divina,
entretanto, receiam abandonar as sombras.
Suspiram pela melhoria das
condições em que se agitam, todavia, detestam a própria renovação.
Vemos, pois, que é fácil comer
o pão multiplicado pelo infinito amor do Mestre Divino ou regozijar-se alguém com
a sua influência curativa, mas, para alcançar a Vida Abundante de que ele se
fez o embaixador sublime, não basta a faculdade de poder e o ato de crer, mas
também a vontade perseverante de quem aprendeu a trabalhar e servir,
aperfeiçoar e querer.
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