sábado, 16 de junho de 2012
Rio+20.
"O mundo mudou muito nos últimos 20 anos, mas avançamos muito menos no que diz respeito a perseguir objetivos de sustentabilidade ambiental. Saímos da zona de segurança."
"No pilar social houve mais avanços. Ainda estamos distantes em termos de redução de pobreza, fome, desigualdade de gênero. Temos um grande crescimento do PIB, mas um crescimento equivalente da desigualdade. Ainda assim, outros indicadores apontam algumas melhoras, como a desnutrição."
"A Rio+20 não é uma reunião anual de convenção do clima ou da biodiversidade. É uma reunião de tomada de decisão política, de grandes estadistas, que deve pensar o desenvolvimento do planeta como um todo. Se atingir esses objetivos, terá cumprido seu papel."
"Há uma expectativa muito grande de que ela sirva para quebrar a inércia de que nos encontramos. A ciência da vez mais aponta os riscos futuros e presentes, o estado do planeta. A angústia aumentou, mas não aumentaram as ações para reduzir o risco."
"A Rio+20 tem a obrigação de quebrar a inércia e causar grande profunda reflexão. "
Carlos Nobre: secretário de Políticas e Programas de Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Fonte: O Globo, dia 16/06/12
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