No dia 20 de maio do ano 325 acontecia o Primeiro Concílio de Nicéia que durou até o dia 25 de julho do mesmo ano. Foi a primeira conferência ecumênica de bispos da Igreja Cristã.
Esse Concílio foi convocado pelo Imperador Constantino I que após a vitória contra Licínio, um ano antes, onde conseguira unificar seu Império, também quis tornar a Igreja mais unida. O Concílio contou com a presença de cerca de 300 bispos de todas as regiões em que havia cristãos. E tratou de discutir as grandes controvérsias doutrinais do Cristianismo nos século IV e V.
1- a questão ariana;
2- a celebração da Páscoa;
3- o cisma de Melécio de Licópolis;
4- o batismo de heréticos;
5- o estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio.
O arianismo, pregava que Jesus Cristo não era mais do que uma criatura, ainda que excelsa, e que não era de natureza divina. Quando isso ficou claro no Concílio, 300 bispos se opuseram a essa doutrina, pois ia de encontro a fé recebida pelos Apóstolos. Só houve dois votos a favor da tese de Ário, bispo de Alexandria. Então os Padres Conciliares, redigiram um símbolo de fé, encerrando essa questão, em que constava que Jesus é “da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro, gerado e não criado, homoousios tou Patrou (consubstancial ao Pai).”
Nesse concílio, também ficou acertada a data da Páscoa que seria depois da primeira lua cheia da primavera.
Os documentos produzidos neste Concílio são o Credo Niceno e os 20 Cânones. Estes representam a lista de escritos ou livros considerados como de Inspiração Divina. Entre os títulos dos Cânones do Concílio de Nicéia estão, entre os outros:
Cânon I - Eunucos podem ser recebidos entre os clérigos, mas não serão aceitos aqueles que se castram.
Cânon II - Referente a não promoção imediata ao presbiterato daqueles que provieram do paganismo.
Cânon III - Nenhum deles deverá ter uma mulher em sua causa, exceto sua mãe, irmã e pessoas totalmente acima de suspeita.
É considerado como o primeiro dos três Concílios fundamentais da Igreja Católica. Os outros dois são o Quarto Concílio de Latrão, em 1215, e o Concílio de Trento, de 1545-1563.
Credo de Niceia
ResponderExcluir“Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja Católica anatematiza.”
Olá Cecile!
ResponderExcluirO Credo de Ncéia é o que deveria ser rezado nas celebrações católicas.É uma oração completa.
Amém ... Amém..
Bjs
Olá Vera,
ResponderExcluirtambém achei mais bonito que a versão d Credo que temos hoje. Um beijo e bom final de semana.