terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Dois e os Opostos.

A dualidade de todas as coisas é uma noção importante na maioria das culturas e das religiões. A mais comum é a que opõe o bem e o mal. Mas temos também o céu e o inferno, a vida e a morte, o belo e o feio, o espírito e a matéria...

O número Dois é a primeira e a mais radical das divisões. Pois, agora, a unidade está dividida. O “um” inicial que é o círculo (zero), por meio do impulso criado, o (1), dá origem à polaridade (2) em que vivemos.

No relato da Criação, o segundo dia, no qual surgiu o firmamento, parece que algo não saiu muito bem. No final dos outros dias sempre vem a frase “e Deus viu que isso era bom”. Já no segundo dia... a suposição é que algo tenha saído errado. Pois o Dois é o símbolo de oposição, de conflito, de reflexão.

No Tarot, é personificado pela Papisa que está sentada entre duas colunas, uma preta e outra branca. Demonstra que todas as duas tem o mesmo valor.

A Papisa, é a consciência primordial da integridade que busca obter uma clareza, foi rompida. Dessa forma, não existe um pólo inferior ou superior ao outro.

Até porque, na antiguidade, principalmente nas sociedades matriarcais, as pessoas tinham a consciência de que tudo na vida possuía os dois lados.

Não fazia sentido desejar 1 e temer o outro.

O Dois é o outro. É o desejável, o oposto. O que atrai mas também é a ambivalência, a dúvida, o antagonismo, e até a indecisão, o dilema.

O Dois parece ser um número de sorte na China. Há um provérbio chinês que diz: “coisas boas vem em pares”. E também lembrando que as figuras guardiãs geralmente são feitas em pares pois dobram o sentido de proteção contra as armadilhas.

A imagem veio daqui.

Um comentário:

  1. Olá Maria, é isso mesmo. Deus no segundo dia separou as águas. Ele disse: haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas.
    E não falou que isso era bom. Por que houve essa divisão?

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