quarta-feira, 17 de março de 2021

Tudo Passa, uma cartografia da depressão

O ANO QUE NÃO TERMINOU

Capítulo 1

O início do ano de 2012 foi muito feliz. Eu e meu filho fizemos três viagens nessas férias. A primeira foi para a casa de veraneio dos meus pais. A segunda, para um hotel fazenda com um dos meus irmãos e os filhos dele. E a última, para a região dos lagos na casa do pai do meu filho. Foi um mês em que não pensei em nada a não ser relaxar, brincar e viver. Acreditava que aquela energia boa e sadia das férias iria afastar alguns medos do passado.

Desde meados de 2011, já sentia que um pensamento queria me tirar a paz. A primeira vez que ele apareceu, era uma noite qualquer de julho e eu estava sentada no sofá da minha casa. Tinha nas mãos um livro espírita para ler. De repente, como se fosse um ratinho cruzando o corredor à minha frente, rápido e ligeiro, percebi um pensamento passando na mesma velocidade pela minha cabeça. Mas, não só o percebi, como também o observei sentada, ali de onde estava, e fiquei alguns segundos pensando sobre ele. Não achei respostas. Era uma frase só. Apenas uma frase que correu pela minha frente sem se preocupar se daria tempo de vê-la. Mas eu a vi. A li. Essa frase, achei-a inoportuna para o momento. Inapropriada. Fora de propósito. E sendo assim, ignorei-a. Simplesmente a deixei ir embora sem me preocupar se ela seria de novo vista.

Três meses depois ela passou de novo pela minha frente. Lembrei da primeira vez que ela veio. Eu estava no mesmo lugar, na mesma hora noturna. Novamente, tomei a mesma atitude. Deixei-a ir sem me preocupar. Mas, no fundo, eu sabia que se lhe desse importância, ela não iria embora assim tão fácil como fora na primeira vez. Ela ficaria tatuada na minha tela mental e me atormentaria a vida. Então, não pensei sobre ela. E não queria saber o porquê de ela estar me rondando. Disse para mim mesma que era uma assombração, um fantasma flanando sozinho e sem intenção de assustar ninguém. Só que dois meses depois, ela voltou e desta vez, fez uma pausa. Essa pausa, eu a senti dentro de mim. Foi um frio que correu meu corpo da cabeça aos pés. Três vezes, pensei, é para eu me preocupar. Já estava na hora de abrir os olhos. A partir daí, fiquei atenta caso ela aparecesse outra vez. Vieram as férias, eu relaxei e a frase sumira. No entanto, bastaram as férias acabarem e eu retornar ao trabalho para que ela voltasse. E, agora, com mais frequência. Então, no ano de 2012, logo após as férias, a frase passou a vir duas vezes por mês. No meio do ano, passou para três vezes. E já em dezembro, chegou a uma vez por semana.

A frase me dava medo. E cada vez que tentava entendê-la não encontrava explicação para sua existência. Não fazia sentido. Passei a me odiar por isso. Tive medo de enfrentá-la porque não sabia como lidar com ela. Não encontrava espaço na minha vida em que ela fizesse algum sentido. Mas ela estava lá me acompanhando silenciosamente e se aproximando de mim lentamente. Comecei a me sentir culpada porque se ela está no meu encalço é por algo que tenha a ver comigo. Da culpa veio o medo da frase ser uma verdade. Do medo, veio a angústia dessa possível verdade mental se tornar um perigo real, físico. E da angústia em não conseguir me livrar dela, em não saber como lidar com ela abertamente, veio a ansiedade. Até que um dia, sem esperar, o desespero tomou conta de mim e comecei a transbordar fragilidade para onde quer que eu fosse.

Eu estava consciente de que essa frase não era minha e não tinha saído da minha cabeça. Ao mesmo tempo, por desconhecimento, pensei que poderia estar enganada. A frase poderia ser meu próprio pensamento aprisionado no meu inconsciente. Um possível desejo que estaria querendo negar a mim mesma. Mas como discernir frente ao medo da verdade e a culpa em não a enfrentar? Talvez uma sessão de hipnose pudesse me fazer encontrar essas respostas. Procurei marcar logo uma consulta com um terapeuta que fosse especializado nessa prática. A primeira coisa que me disse, quando contei sobre a frase que viera a mim, foi que ela não era minha. Era um pensamento que não era meu. Eu fiquei aliviada, mas quis saber, então, de quem era. O terapeuta era espírita e sua resposta foi sucinta: são de espíritos que estão por toda parte. Eu fiquei um pouco confusa com esta revelação. Sei que existem, mas não penso que estejam ao meu redor o tempo todo. Acreditar que são espíritos que estão à minha volta soprando frases, me deixou arrepiada. Eu não queria acreditar nessa versão, mas, ao mesmo tempo, me confortava. Afinal, tirava de mim o peso da frase que me perturbava. Era melhor deixar que as coisas fluíssem e ir descobrindo aos poucos se isso tinha fundamento ou não.

Começamos um tratamento que durou seis meses. Durante os cinco primeiros meses nos preparamos para a sessão de hipnose, conversando muito sobre tudo o que me afligia e como eu me sentia. A aflição que não conseguia me desligar tinha a ver com aquela frase que eu não queria lembrar e que não tinha coragem de revelar para ninguém. No entanto, o terapeuta não se prendeu a ela para trabalhar nas consultas. Como essa frase não era um pensamento meu, isso já estava esclarecido, não havia por que continuarmos falando sobre ela. Eu respeitei o posicionamento dele e acreditei que era assim que tinha que ser. E que era assim que essa frase iria sumir de vez da minha vida.

    Finalmente, chegamos a um sentimento que expressava o que estava mais forte em mim naquele momento: culpa. Eu tinha um sentimento de culpa dentro de mim que não sabia explicar de onde vinha. Sem encontrar razões ou motivos aparentes para essa culpa, resolvemos fazer a hipnose a partir dela. Eu procuraria me deparar com aquele sentimento que me afligia e assim encontrar a sua origem na minha vida. Podia ter uma origem física, moral, emocional ou espiritual, não importa. Mas ela estaria sendo deflagrada nessa abordagem.

Por meio do relaxamento e da orientação do terapeuta, eu entraria num estado ampliado de consciência para ter acesso a um conteúdo mais profundo de mim mesma. Esse conteúdo pode vir simbolizado através de uma vivência na hipnose, que, dependendo da crença do paciente, pode ser uma memória de vida passada dele. E eu estava ansiosa por isso. Mas o sentimento que identificamos em mim, culpa, não me parecia ser a causa daquele pensamento que me incomodava. Ele não era meu e, no entanto, estava me perseguindo. Por quê?

No início da sessão de hipnose[1], fiquei recostada na poltrona e o terapeuta foi me orientando. Eu fiquei de olhos fechados enquanto ele começava a fazer a caminhada. Onde você está? Minha mente não conseguia divagar ao seu comando. Eu estava ainda entre as quatro paredes do consultório. O que você está vendo? O que você está sentindo? Tem alguém com você? Olhe para o seu lado direito, o que você vê? Ele fazia várias perguntas. Minhas respostas não saíam da mesmice. Eu não estou vendo nada. Não consigo sentir. Eu achava que seria mágico. Que era só fechar os olhos e veria tudo. Veria um cenário, outras pessoas, alguns comportamentos e enfim, meu sentimento de culpa. Mas estava difícil. Não é algo fácil. Até que cansada e com vontade de abrir os olhos e ir embora, resolvi encarar essa vivência como um exercício de imaginação. Vou falar qualquer coisa que me venha à mente, pensei. E assim, para a minha surpresa, a vivência aconteceu. Eu estava desconfortável no início, mas depois, imaginar antes de dizer o que estava vendo, funcionou. As imagens foram fluindo e consegui abrir esse portal da hipnose. Entretanto, acho que cada um deve forjar a sua própria chave para abri-lo. No meu caso, foi usar a imaginação primeiro sem me preocupar se o que eu fosse falar era certo ou errado. Se era real ou imaginário.

Ainda de olhos fechados, comecei a direcionar minha visão interna para instigar a imaginação. Fui eu mesma guiando minha atenção internamente e procurando me situar. Estou num lugar escuro (de olhos fechados, estava realmente tudo escuro) mas se virar os olhos para baixo, o que será que vejo? Se estivesse de olhos abertos, veria meus pés. Então, respirei fundo e virei os olhos para baixo, no escuro em que me encontrava. E comecei a entrar no jogo a que me propus. Visualizei uma pessoa em pé na qual tentava ver e sentir o que estava acontecendo com ela. Imaginei-a abaixando a cabeça na mesma hora em que eu virava meus olhos para baixo. Tentava ver com seus olhos e sentir com seu coração. Tentava me colocar dentro de seu corpo.

    Primeiro respondi à minha própria pergunta, o que vejo? Abri os olhos, na imaginação, e minha mente disse: vejo meus pés. Depois, fui respondendo às perguntas do terapeuta. Essa pessoa é você? Sim, sou eu, disse-lhe. Nesse momento, percebi que minha mente induzia a minha fala, mas ela seguia um cenário que me inspirava. Se de início era minha imaginação, aos poucos foi parecendo verdadeiro. Um real que eu poderia chamar de biovirtual[2]. Procurei ver e sentir o que estava acontecendo com aquela pessoa que eu visualizava. Ou seja, eu tentava ser ela, estar no corpo dela, olhar com os olhos dela e sentir com o coração dela. Ler seus pensamentos foi aos poucos criando um roteiro que ressoou com minha vida. Com meus medos, meus desafios atuais. Cheguei a um momento que não precisava mais usar a imaginação. As respostas fluíam. Eu não estava improvisando. Eu estava sentindo como era ser e viver no corpo daquela mulher que imaginara no início. Então, a partir de agora, vou falar como se eu fosse ela.

Eu era uma mulher de quase 30 anos e usava uma roupa surrada, gasta com o passar do tempo. Parecia uma camponesa, mas vivia numa cidade rústica de uns três séculos atrás. Eu estava na sala de uma casa que não era minha. Era um lugar que eu devia me preocupar porque era uma casa sem dono, mas que uma gangue a ocupava todas as noites. Essa gangue costumava intimidar as pessoas e a agir sem piedade. Sim, era uma gangue que também matava os outros por qualquer motivo. Ela dominava as ruas. O poder local não atuava. Era como se essa cidade vivesse sem guardas. Sem leis. À mercê dos mais fortes. Então, por que eu estava ali se era perigoso? O que estava fazendo ali? Eu estava na frente de um homem. Ele era mais alto do que eu. Era um homem com valores muito fortes e rígidos. Ele era inflexível. Eu estava implorando para ele sair dali comigo. Mas estava determinado a ficar na casa esperando a gangue chegar. Eu dizia que ele iria morrer. Chorei pedindo a ele para mudar de ideia. Ele não se compadeceu do meu choro, do meu desespero. Aquela não era a melhor forma de resolver o assunto, eu dizia para ele. Mas que assunto, o terapeuta perguntou. A gangue matara o irmão mais novo dele. E estava lá para tirar satisfação, cobrar, se vingar, honrar a morte do irmão que não pudera proteger. Eu dizia a ele que a morte também seria o seu fim. Mas estava determinado. Irredutível.

Meu choro era um choro de culpa. E aí encontro o sentimento de culpa que gerou essa vivência. Por que esse sentimento, pergunta o terapeuta. Respondo que havia descoberto que o chefe da gangue havia assassinado o irmão daquele homem que estava à minha frente. Eu que contara para ele que o motivo da morte do seu irmão fora por drogas que comprara da gangue e não pagara. Então, estava me sentindo culpada por haver contado a verdade e este homem iria morrer por minha causa. Minhas palavras o levariam para a morte, por isso, o meu desespero.

E este homem à sua frente, o que ele é seu, pergunta o terapeuta.

Olhei para aquele homem à minha frente e não consegui sentir amor. Ao mesmo tempo, ele era um companheiro de vida. Daquela vida. Não era um parente de sangue, mas era alguém que vivia ao meu lado. Tínhamos uma vida em comum. Mas não tinha amor por ele. Penso hoje, que a questão do amor, se é que existia, tenha se apequenado pela iminência do risco de vida que ele corria naquele momento ser maior do que tudo. E, na vivência, a emoção mais forte teria prevalecido. Diante da resistência dele, só tinha uma coisa a fazer: ir embora. Eu não queria ir, mas o tempo estava se esgotando. Tampouco podia ficar porque se ficasse, antes que me matassem, iria sofrer muita violência. Mesmo sentindo culpa, me afastei. E já a poucos metros afastada, como se já estivesse no outro lado da rua, vejo a gangue chegando. Era uma turba. Homens brutos. Estúpidos. Assassinos. E eles entraram na casa. E eu senti que nada mais podia ser feito. Sinto que não fiquei lá muito tempo pois tinha medo de ver o que previra. Acreditando já estar feito o que temia, fui embora. Ele morrera, pensei.

O terapeuta pergunta: e o que aconteceu depois?

O dia tinha amanhecido e eu estava a andar pela cidade quando vejo algumas pessoas juntas ao redor de um corpo estendido no chão. Me aproximo e constato que era o homem que eu tentara impedir que se lançasse à morte na noite anterior. Era ele. Acabara tudo. Estava morto. E alguém pergunta entre as pessoas que estavam ali, quem era este homem, alguém o conhecia? Imediatamente lembrei que a verdade matara o homem que era o único naquela vida com quem eu vivia. Não consegui dizer quem ele era. Outra verdade não poderia sair de minha boca. Seria mais um veneno a matar outro semelhante. Então, me calei diante da verdade. Omitir seria mais fácil. Dizer a verdade doía pois implicava na morte de alguém.

Nesse momento da vivência, ressoou em mim um sentimento forte de me calar quando sou confrontada com uma verdade, na minha vida. Era algo que já tinha percebido no meu cotidiano e que, nesse momento da vivência, estava sentindo o medo com toda a sua intensidade. Foi uma sincronia de sentidos da minha vida atual com a vivência. Meu medo atual se encaixou na história que estava narrando e deu um sentido de existência a ele. O medo de falar a verdade era uma realidade minha. O medo de falar a verdade na vivência, não só doía como implicava em morte. Um medo despertava o outro e eu queria dizer isso na hora em que estava sentindo para o terapeuta, mas não consegui expressar em palavras. Lembro de ter a sensação, naquele momento, de ser julgada por mim mesma se a verdade deveria ser mesmo proferida, posto que ela machucava as pessoas. E eu não queria machucá-las. Me senti injusta com aquele homem estirado no chão e arrependida pelo que acabara de fazer, me calar.

Com o coração doendo, diante da cena em que me omiti, dei dois passos para trás e me afastei. Comecei a andar sem rumo. Não tinha lugar para ir ou que quisesse ficar. Não tinha mais vontade de viver. Estava triste, sem ânimo, sem vida. E a caminhada não terminava. Eu andava dia e noite. Alguns dias depois, já cansada, sem comer, sem beber e sem rumo, parei no meio de uma ponte. Embaixo corria um rio e ele me chamava. Acreditei que se me deixasse levar pelo chamado do rio, que se fechasse os olhos e inclinasse meu corpo fraco e debilitado em sua direção, eu encontraria um alento. Novamente, sinto ressoar dentro de mim os sentimentos que estava descrevendo na vivência. Eu já tinha passado por momentos na vida em que me sentia sem rumo, sem ânimo e a primeira saída que pensava era se a morte me caía bem naquela hora. A angústia e a solidão que pensamentos suicidas provocam invadiram meu peito e eu quis chorar. Imediatamente, procurei focar minha atenção na história da vivência. Então, já me vendo nela, sem muito pensar, porque já não existia razão para viver, deixei o corpo ser levado para baixo e caí no rio. Não ofereci resistência à água. Deixei-me afogar. Senti a água entrando pelo meu nariz e aos poucos invadindo meus pulmões. Eu não tinha forças para reagir. Fui afundando e sendo levada por uma correnteza suave e fria. Me vi perto de peixes. Eles esbarravam em mim. Peixes vivos e mortos. A textura de suas peles me incomodava. O cheiro deles, das algas e de tudo que estava debaixo da água me enjoava.

E agora, pergunta o terapeuta, valeu a pena?

Não, respondo. Não valeu ter me deixado cair da ponte. Eu o fiz sem pensar muito. Eu simplesmente estava sem sentir nada pela vida. Sem sentir nada dentro de mim. Talvez já estivesse morta e só queria encontrar um lugar para ficar. Eu me deixei levar para dentro do rio e o homem que tentei impedir que morresse, consigo visualizá-lo como espírito à espera do meu desencarne. Consigo sentir seus pensamentos. Ele me viu morrendo vitimada pela sua própria resistência em não atender ao meu pedido para fugir comigo daquela casa. Ele também viu que a irredutibilidade dele não lhe trouxe alento. Morreu por uma causa, mas esta causa já estava perdida pois o que o acometia era o seu orgulho. E esse mesmo orgulho não tirou só a sua vida, mas a minha vida também. Eu caí no rio me sentindo culpada e minha culpa maior foi descobrir que dentro de mim crescia uma vida. Vida esta que também tirei sem saber de sua existência. Só mais tarde, no desencarne, como espírito, quando abri os olhos diante do cenário que me acometeu, descobri que a verdade que proferi matou três pessoas.

Nessa hora, eu queria muito chorar porque era isso que meu corpo pedia, mas fiquei com vergonha de fazê-lo na frente do terapeuta. Então, segurei minhas lágrimas e esperei o seu comando para finalizar a vivência. Ele ainda me perguntou se eu queria voltar a essa vivência uma outra vez. Respondi-lhe que não. Eu queria sair daquela situação. Mais um pouco e iria cair em prantos. Precisava sair dali correndo para entender tudo o que vivera naquela última hora. Foram muitas emoções, mas naquele momento não consegui expressar tudo o que estava acontecendo dentro de mim.

A vivência que começara como um jogo de imaginação me surpreendeu. Ela foi capaz de me levar a uma história que me tocou profundamente. Que mexeu com sentimentos que carregava nessa vida atual. A culpa, o medo de dizer a verdade por mais verdadeira que fosse, o desânimo pela vida, a vontade de findá-la e a repulsa por alimentos que viessem da água como peixe, crustáceos e mariscos. Saí confusa da sessão. Será que criei toda a história para justificar meus próprios sentimentos, medos e angústias ou será que esta história foi uma vida passada que tive? Tudo ressoou dentro de mim. E ainda, aquela frase que outrora me atormentava, agora estava calada. Diminuída diante de tantas emoções que acabara de viver.

Nas sessões seguintes me convenci de que o que eu estava passando era algo orgânico. Havia entrado na menopausa muito cedo e isso devia estar fazendo um estrago no meu organismo. Aquele pensamento que fora o motivo pelo qual procurei fazer uma hipnose, não era meu. Se era de algum espírito, não sei, mas me convenci de que não era meu e que jamais se encaixaria na minha vida. E a vivência, não tinha nada a ver com aquele pensamento. Então, pensei, se meu problema era orgânico, não tem por que continuar procurando explicações no meu inconsciente ou em regressão de memórias. Vou me tratar com um médico, deduzi. E terminei a terapia poucas consultas depois daquela vivência.




[1] A prática da hipnose deve ser realizada por um terapeuta capacitado. O conteúdo de indução ao transe hipnótico e de acompanhamento dele, apresentado aqui, não está em sua integralidade, portanto, não deve ser imitado.

[2] Uma forma de vida que existe como informação.

Um comentário:

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