quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Visita Materna.


(…) – Oh! filho, não ignoro as instruções que o nosso generoso Clarêncio te ministrou. Não te queixes. Agradeçamos ao Pai a bênção desta reaproximação. Sintamo-nos agora numa escola diferente, onde aprendemos a ser filhos do Senhor. Na posição de mãe terrestre, nem sempre consegui orientar-te como convinha. Também eu trabalho, pois, reajustando o coração. Tuas lágrimas fazem-me voltar à paisagem dos sentimentos humanos. Alguma coisa tenta operar o retrocesso de minh’alma. Quero dar razão aos teus lamentos, erigir-te um trono, qual se foras a melhor criatura do Universo; mas essa atitude, presentemente, não se coaduna com as novas lições da vida. Esses gestos são perdoáveis nas esferas da carne; aqui, porém, filho meu, é indispensável atender, antes de tudo, ao Senhor. Não és o único homem desencarnado a reparar os próprios erros, nem sou a única mãe a sentir-se distante dos entes amados. Nossa dor, portanto, não nos edifica pelos prantos que vertemos, ou pelas feridas que sangram em nós, mas pela porta de luz que nos oferece ao espírito, a fim de sermos mais compreensivos e mais humanos. Lágrimas e úlceras constituem o processo de bendita extensão dos nossos mais puros sentimentos. (…)

Livro: Nosso Lar, pelo espírito André Luiz, de Francisco Candido Xavier.

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